𝙴𝚕𝚎𝚟𝚊𝚍𝚘𝚛

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𝐂𝐥𝐚𝐬𝐬𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨: 𝐥𝐞𝐯𝐞 𝐞 𝐟𝐨𝐟𝐚

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Era o começo de uma noite de sábado em Nova Iorque, e S/N se encontrava sozinha em casa. Do lado de fora chovia torrencialmente e ela havia pedido delivery de comida, não estava com vontade de cozinhar. O interfone tocou, anunciando a chegada do entregador. A garota calçou os sapatos rapidamente e saiu, trancando a porta atrás de si.

Morava no 9° andar e por mais que ficasse sempre receosa em usar o elevador quando chovia, não tinha muita opção. Definitivamente não desceria 9 andares de escada.

Ela entrou no elevador, apertou o botão e se encostou em uma das  frias paredes metálicas.  Olhando para si mesma no espelho, ajeitou os cabelos e levou as mãos até o bolso traseiro do shorts, procurando o celular. Mas quando suas mãos tocaram apenas o tecido áspero do jeans, ela percebeu que o havia deixado em casa. Suspirou. Não precisaria dele, de qualquer forma.

O elevador fez uma parada no 6º andar. Um garoto de pele clara e cabelos escuros entrou, sorrindo discretamente para S/N. Ela não se lembrava de tê-lo visto antes.

— Boa noite — ele balançou a cabeça em uma forma de cumprimento. Seus olhos eram de cor avelã.

— Boa noite — ela sorriu de volta e cumprimentou.

A porta se fechou e o garoto ocupou-se em conferir seu celular. Conforme o elevador descia, S/N ocupava-se em olhar o visor que indicava o andar em que se encontrava. 4, 3... mas com o canto dos olhos, observava o garoto ao seu lado. A aparência dele agradava a garota, ele fazia totalmente o seu "tipo".

O elevador tinha acabado de alcançar o 2º andar quando parou repentinamente e as luzes se apagaram, deixando-os na mais completa escuridão.

— Merda — ela disparou em voz alta. A única luz visível era a do tênue reflexo da tela do celular de seu vizinho.

— Posso dar um jeito nisso.

Rapidamente o ambiente se iluminou com a luz que vinha da lanterna do celular dele. Não era muito forte, mas ao menos trouxe um pouco de luz ao ambiente.

— E ainda tinha passado pela minha cabeça descer de escada. Mas sabe como é, 6 andares...
— Pensei a mesma coisa! E eu moro no 9º, é ainda pior — ela interrompeu, compreensiva.
— Nunca tinha ficado preso em um elevador antes — o garoto comentou, pensativo.
— Ah, eu fiquei uma vez, mas faz muito tempo. E estava sozinha.
— Então sorte a sua ter desta vez uma companhia tão agradável como minha — ele riu. — Estou brincando. Prazer, eu sou o Josh, seu vizinho do 6º andar.

Ele estendeu a mão em direção à ela. A garota demorou um pouco pra vez, mas assim que conseguiu enxergar sua mão, retribuiu com um aperto.

— Prazer, sou S/N. Vizinha do 9º andar.
— 9º andar é a cobertura, não é?
— Sim.
— Então, S/N... o que te leva a sair de casa, da sua aconchegante e espaçosa cobertura do 9º andar, para enfrentar essa chuva torrencial do lado de fora?

Ambos riram diante do cômico comentário de Josh.

— Só queria buscar a minha comida. Sabe como é, sábado à noite, preguiça de cozinhar...
— Entendo totalmente.
— E você?
— Indo checar a caixa de correio. Nunca lembro de checar quando chego, mas convenhamos que foi um péssimo momento para isso.

A garota assentiu em concordância. Suas pernas começaram a reclamar devido à imobilidade e ela então se sentou no chão.

— Será que vai demorar muito para a luz voltar?
— Não faço a menor ideia, mas é bom que não demore muito — ele respondeu, sentando-se em frente à garota. — Nossa fonte de luz está se esgotando. Só tenho mais 8% de bateria.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬 𝑱𝒐𝒔𝒉 𝑯𝒖𝒕𝒄𝒉𝒆𝒓𝒔𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora