𝙵𝚒𝚛𝚜𝚝 𝚃𝚒𝚖𝚎 | 𝘗𝘦𝘦𝘵𝘢 𝘔𝘦𝘭𝘭𝘢𝘳𝘬

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𝐂𝐥𝐚𝐬𝐬𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨: 𝐟𝐨𝐟𝐚/𝐫𝐨𝐦𝐚̂𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚 𝐞 𝐡𝐨𝐭

𝐇𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐧𝐚̃𝐨 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐦𝐞𝐧𝐝𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐧𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝟏𝟖 𝐚𝐧𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞.


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Já é tarde da noite, o som da chuva torrencial que cai lá fora traz uma sensação de aconchego, mas não consigo pegar no sono. Não consigo tirar Peeta da cabeça. Os flashes de hoje não saem da minha mente, a sua expressão concentrada enquanto ele desenhava o rosto de seu pai no álbum que o Dr. Aurelius sugeriu que fizéssemos, sua feição triste e saudosa quando ele viu o resultado, e seu sorriso lindo que surgiu logo depois quando eu elogiei o seu trabalho.

Eu não consigo acreditar que o garoto com o pão, que o meu garoto com o pão quase me escapou. Ele me causa um efeito que eu não sei nem explicar, e isso já não me assusta mais. Isso me faz muito bem.

Então de repente, sinto uma urgência extrema de estar com ele, de sentir sua ternura, sua presença. Quando fecho os olhos, seu rosto é a única coisa que invade meus pensamentos. Levanto-me da cama, pegando a lamparina que deixo sempre no móvel ao lado. A chuva nos deixou sem eletricidade. Com cuidado, atravesso o corredor até seu quarto, a porta está entreaberta. Meu coração se aquece com a simples visão de Peeta dormindo. É maravilhoso saber que eu nunca mais irei perdê-lo.

Deixo a lamparina na cômoda e deito-me ao seu lado, apoiando minha cabeça em seu ombro. Ele me envolve com seus braços. Eu poderia ficar aqui para sempre.

— Você me ama. Verdadeiro ou falso? — ele pergunta.

— Verdadeiro — digo, sentindo-me leve por finalmente confessar em voz alta.

A verdade é que eu soube que o amava no momento em que o vi de volta no Distrito 12, mas ainda não me sentia capaz de confessar isso nem para mim mesma. Depois de tantas perdas, eu tinha medo de deixar que qualquer um entrasse novamente em meu coração, e tinha ainda mais medo de que Peeta tivesse uma recaída e se esquecesse de mim, tentando me atacar. Seria uma dor que não sei se jamais seria capaz de me recuperar.

Mas as semanas passaram e ele, de alguma forma que eu nem sei explicar, criou raízes profundas dentro de mim, e a esta altura já não adianta mais lutar contra isso. E confesso que a sensação de amá-lo é incrivelmente boa e leve.

— Verdadeiro, Peeta — repito, com o pensamento de que dizer apenas uma vez não é suficiente. — Eu amo você.

Ajeito-me na cama, reduzindo ainda mais a distância entre nós, eu preciso dele. Uma de suas mãos acaricia delicadamente a ponta do meu ombro, enquanto a outra repousa sobre seu abdômen. Coloco minha mão sobre ela, acariciando-a. Fecho os olhos, calma com sua presença terna, ouvindo a chuva que ainda cai lá fora. Mas não, isso não é suficiente. Eu preciso de mais.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬 𝑱𝒐𝒔𝒉 𝑯𝒖𝒕𝒄𝒉𝒆𝒓𝒔𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora