𝖮𝗂 𝗀𝖾𝗇𝗍𝖾! 𝖬𝖾 𝖾𝗆𝗉𝗈𝗅𝗀𝗎𝖾𝗂 𝗎𝗆 𝗉𝗈𝗎𝖼𝗈 𝖼𝗈𝗆 𝖾𝗌𝗌𝖺 𝗁𝗂𝗌𝗍𝗈́𝗋𝗂𝖺 𝖾 𝖾𝗅𝖺 𝖿𝗂𝖼𝗈𝗎 𝗀𝗂𝗀𝖺𝗇𝗍𝖾, 𝖾𝗇𝗍𝖺̃𝗈 𝗉𝗋𝖾𝖼𝗂𝗌𝖾𝗂 𝖽𝗂𝗏𝗂𝖽𝗂𝗋 𝖾𝗆 𝟤 𝗉𝖺𝗋𝗍𝖾𝗌. 𝖤𝗌𝗉𝖾𝗋𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗀𝗈𝗌𝗍𝖾𝗆 ♡
𝐂𝐥𝐚𝐬𝐬𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨: 𝐟𝐨𝐟𝐚 𝐞 𝐫𝐨𝐦𝐚̂𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚
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— Eu estou cansada, Chris! Cansada de suas desculpas. Você diz que me ama e que se importa comigo, mas a verdade é que você só liga para si mesmo!
— Não é verdade, amor — seu tom de voz era tão indiferente que eu não sabia dizer se ele estava tentando se defender ou lendo um manual de instruções.
— Ah, não, é? Então me fala, onde você está agora? É nosso aniversário de namoro! Você sabe quanto tempo demorou para conseguir disponibilidade no restaurante que você escolheu?
— Eu sei, eu já te falei que posso ligar pra eles e explicar a situação, para eles não cobrarem a multa de no-show no seu cartão.
— Você não entende mesmo, não é? — fiz uma pausa e respirei fundo, em uma tentativa de me acalmar. Não dava mais. Eu não aguentava mais. — Você pode pelo menos vir aqui mais tarde? Precisamos conversar.
— Hoje não vai dar, querida... tenho muita coisa pra fazer. Mas podemos conversar agora, se quiser.
— Podemos? Então está bem. Eu quero terminar.
Ele ficou em silêncio.
— E se a gente... — começou ele, mas o interrompi imediatamente.
— Não, Chris, eu não quero dar um tempo. Nós já tentamos isso e claramente não nos levou a lugar nenhum. Eu quero terminar. Por favor, não insista.
— Se é isso que você quer — respondeu ele, seco.
— Sim, é isso o que eu quero.
— Então está bem. Boa sorte — falou ele, encerrando a ligação logo em seguida.Joguei o celular dentro da bolsa e saí. Não iria desperdiçar a oportunidade de jantar naquele restaurante, um dos mais badalados de Manhattan. Não havia passado semanas ligando para checar a disponibilidade à toa. Sim, jantaria sozinha, mas quem se importava com isso?
Vesti meu sobretudo, joguei o cachecol sobre o pescoço e saí. O restaurante não era tão perto, ficava no centro da cidade, mas decidi ir a pé. Precisava pensar e me distrair um pouco, e nada melhor do que uma longa caminhada para ajudar nisso.
Eu amava o Chris. Realmente o amava. Mas a que custo? Desde o momento em que se mudou para um bairro mais distante, ele começou a me tratar com cada vez mais indiferença, e eu não sabia lidar com isso. Estava me corroendo. Tentei várias vezes seguir com nosso relacionamento, mas não consegui. Então o que adiantava continuar persistindo, se eu sabia que para mim não dava mais? Mas não foi fácil. Nunca é. Eu sentia como se um pedaço de mim estivesse faltando.
Já era noite e conforme eu me aproximava do centro as ruas ficavam mais movimentadas, afinal, era domingo. Precisei lutar contra as lágrimas quando cruzei com casais felizes que desfrutavam da noite juntos. Era para sermos nós. Inesperadamente, uma forte chuva começou a cair, as gotas de água escorrendo como dedos gelados pelo meu rosto. Corri por alguns metros até me abrigar na marquise de um prédio. Por sorte, havia trazido um guarda-chuva. Revirei a bolsa até encontrá-lo, era pequeno, mas suficientemente capaz de me proteger da chuva. Retomei a caminhada. Faltava menos da metade do caminho para chegar.
Eu adorava a cidade à noite. Adorava ainda mais quando chovia — apesar do caos que ficava o trânsito — achava incrível o contraste do asfalto molhado com as luzes dos semáforos e faróis dos carros. Simplesmente poético.
Esse clima me deixava pensativa, e relembrei do momento em que eu e Chris nos conhecemos. Eu trabalhava como garçonete em um restaurante italiano nos finais de semana, lutando para pagar os empréstimos que tinha feito para a mensalidade da faculdade. Ele foi jantar lá uma vez, junto com seu círculo de amigos. Achei-o atraente no momento em que o vi pela primeira vez, e imediatamente rolou uma química entre nós, trocamos olhares e sorrisos bobos durante todo o momento em que ele esteve lá. Uma semana depois, precisei conter meu sorriso quando ele retornou, mas dessa vez desacompanhado. Quando fui pegar o pedido, ele abriu um sorriso e falou: "na verdade, o que eu gostaria não está no cardápio". Olhei para ele, apertei os lábios e perguntei: "o que você queria?". Ele sorriu ainda mais, seus olhos brilharam e ele disse, travesso: "o telefone da garçonete". Poucos dias depois, já estava apaixonada por ele. Mas a vida me ensinou que finais perfeitos não existem. Que as pessoas mudam. E que precisamos apenas aceitar e seguir em frente.
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𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬 𝑱𝒐𝒔𝒉 𝑯𝒖𝒕𝒄𝒉𝒆𝒓𝒔𝒐𝒏
Fanfiction𝗜𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗮𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗝𝗼𝘀𝗵 𝗛𝘂𝘁𝗰𝗵𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻 A cada capítulo uma nova história clichê, um romance mamão com açúcar ou um enredo completamente inovador, a depender da imaginação das vozes da minha cabeça. 𝘈𝘣𝘦𝘳𝘵𝘢...