Selvagem, inconsequente e boca suja.
Esse era Jung Wooyoung.
Negado pelo pai e apontado como um erro pela maioria a sua volta, o jovem nunca foi o maior fã de seguir regras.
A vida era mais divertida quando se caminhava na linha tênue entre a morte...
Eu quero ir a uma festa. Eu quero me divertir. Eu quero ser feliz. Você poderia me mostrar como isso é feito? Pois você brilha como o sol, e isso te deixa lindo. _________________________________
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Seoul, Coreia Do Sul. 09h00.
" Hodges leu que há poços tão fundos na Islândia que você pode jogar uma pedra lá dentro e nunca ouvir o barulho dela batendo na água. Ele acha que algumas almas humanas são assim. "
um, dois, três... um, dois, três... Era a sequência de vezes que a torneira pingava. Bem próximo ao seu ouvido, roubando toda a sua atenção. A água batendo no mármore da pia podia produzir um som mais alto do que ele jamais pensou. Parecia reparar mais nas pequenas coisas de vez em quando.
" Senhor Choi? Preciso da sua atenção. "
um, dois...
- Senhor Choi?! - San piscou firmemente com a voz em maior tonalidade. Sua cabeça doía, sem mais novidades. Olhou em volta, passando sua mão pelo rosto cansado e puxando ar pelas narinas para provar ao seu cérebro que permanecia vivo e respirando. Estava com frio, aquele casaco cinza não era o suficiente para aquece-lo diante do ar condicionado instalado bem acima de sua cabeça. Deveria mesmo ter escutado sua voz interior quando ela lhe disse para colocar uma blusa a mais. Se recostou no divã recamier cinza, descansando suas mãos acima do peitoral. - Você se distraiu mais de três vezes desde o começo da nossa sessão.
- Porque você tem uma torneira na sala? E porque ela fica pingando assim? - Choi gesticulou com as mãos, simulando a goteira da torneira no canto da sala, encarando a água cair
- Bom, também preciso lavar as minhas mãos de vez em quando, não acha?
- É pra isso que existem os banheiros.
- Não mude de assunto.
San desviou seu olhar, voltando a cruzar suas mãos no peito. O silêncio estava ali se não fosse pela água caindo.
Choi San era do tipo que tomava suas decisões sem consultar outras pessoas antes. Do tipo que baseava ações no que imaginava ser o certo. Fez diferente, desta vez. Indo contra todos os princípios que seu orgulho impunha, ali estava ele. Na sala do melhor psicólogo da região. O Doutor Moon, que lhe atendia na primeira sessão a qual ele realmente apareceu, tendo em vista que as duas primeiras que foram marcadas, não contaram com a presença de San. JungWon o encheria se soubesse onde estava agora, e mais ainda se soubesse que estava ali por causa dele e de sua insistência sobre isso, sendo tanta, que foi mesmo capaz de encher os miolos de San. De qualquer forma, ele não precisava saber de nada.
