Selvagem, inconsequente e boca suja.
Esse era Jung Wooyoung.
Negado pelo pai e apontado como um erro pela maioria a sua volta, o jovem nunca foi o maior fã de seguir regras.
A vida era mais divertida quando se caminhava na linha tênue entre a morte...
" Então me deixe ficar no ponto. Eu não estouro champanhe para todos os caras que vejo. Grande gastador, gaste um pouco do seu tempo comigo se você quer diversão. "
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Era interessante pensar sobre heróis. Aqueles que sempre salvavam o dia... Aqueles que se mantinham no nível da mais pura perfeição quando aos olhos de todos os outros. Ser um herói era um título e tanto, mas parecia tão leve quando observado de longe. Os heróis sempre estão presentes quando se faz necessário, e é isso que faz deles...pessoas especiais em nossas vidas. Heróis protegem. Heróis são responsáveis por cuidar. Wooyoung não tinha um herói.
Seul, Coreia Do Sul. 6h20.
Estava exausto. Sua cabeça nunca doerá tanto quanto naquela manhã de segunda feira. O barulho do despertador foi o suficiente para arrancar de Jung murmúrios preguiçosos e qualquer bom humor que já nem era suposto de aparecer. Foi puxado para fora da cama pelo lado de seu cérebro que ainda prezava por sua vaga na faculdade. Mesmo que pequeno, ainda era insistente.
Esfregou seus olhos, sentado à beira de sua cama apenas com uma cueca e uma camiseta regata. Mal se lembrava de como havia arrumado forças para subir sozinho as escadas do prédio, e aquele pensamento o fez olhar para os lados para que tivesse certeza de que estava mesmo em sua casa e em seu quarto. Estava, para sua sorte.
As memórias da noite anterior iam chegando uma por uma em sua cabeça conforme seu cérebro se via mais acordado. Se lembrava de brigar com seus pais e de sair com Yeosang. De beber e de ser arrastado pelo melhor amigo enquanto ele dizia alguma coisa sobre terem que sair dali. Se lembrava de ter ouvido palavras sujas de alguém idiota. De ver Yeosang um pouco choroso e sentir culpa por isso.
E se lembrava dele.
Suspirou, balançando sua cabeça em negação por ainda pensar no homem da carona. Wooyoung se jogou de costas de volta na cama, segurando o travesseiro contra seu rosto e liberando um gritinho frustrado. Odiou a forma como seu corpo se arrepiou completamente ao se lembrar da mão dele em seu rosto. Foi um ato muito pequeno, mas fazia tanto efeito.
Pior se sentiu quando se lembrou do que prometeu a ele no carro. Teria de voltar ao bar novamente naquela noite. Apenas por pensar naquilo, se sentia estranho. Não sabia oque ele poderia querer para pedir que Wooyoung voltasse lá, mas sabia que aquele pedido havia sido tentador. Quem sabe, ele não poderia até mesmo conseguir algo de San. Não deixava de ser curioso o pedido do homem a si, afinal, ele não parecia apto a cobrar o favor que havia feito. Então porque gostaria que Wooyoung fosse ao bar novamente? Era irritante pensar tanto.
- Maldito Choi San. Quem diabos é você? Esse é mesmo a porra do seu nome? - Questionava sozinho a si mesmo, bufando alto e apertando seus olhos. - Que diferença faz, seu idiota? Era um estranho bonito e educado no bar, só isso. Não deve passar de um riquinho idiota. Não seja tonto.
