Selvagem, inconsequente e boca suja.
Esse era Jung Wooyoung.
Negado pelo pai e apontado como um erro pela maioria a sua volta, o jovem nunca foi o maior fã de seguir regras.
A vida era mais divertida quando se caminhava na linha tênue entre a morte...
" E eu sei que não éramos perfeitos Mas nunca me senti assim por ninguém E eu nem consigo imaginar Como você pode estar tão bem, agora que eu fui embora. "
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Seoul, Coreia do Sul. 11h00.
Dois dias depois.
- Esquerda! - O tom não foi tão alto, mas era assim a forma como soava considerando que estavam em um ringue vazio se não fosse por eles mesmos e os pesos de academia juntamente dos sacos de boxe. Suas mãos eram cobertas por luvas vermelhas e cheias, vestidos ambos em regatas preta e branca para dissipar o calor de seus corpos causados pelos movimentos contínuos. Era uma sexta-feira, e sextas-feiras eram especiais para JungWon. San o treinava um pouco quando tinha tempo livre nas sextas, e aquela era uma onde ele não estava fazendo nada e seus lutadores estavam tirando o dia de folga. O assistente não poderia estar mais feliz com aquilo. Já estavam no quarto ou quinto round, e era um pouco deprimente pensar que JungWon havia sido declarado o perdedor de todos eles. Mas não poderia fazer nada quando treinava com um professor como Choi San. Odiava dizer em voz alta, mas ele era o dono e gerente da agência por um motivo bem plausível. - Vamos, JungWon! Você precisa melhorar esse gancho se quiser lutar com a minha agência. - Riu, tirando sarro do desleixo do mais novo com o golpe em específico.
- Oras, você sabe mais, bocó! Se estou fazendo errado, então me ensine direito.- Seu corpo avançou na direção de San, ele ergueu o punho esquerdo e o jogou contra o rosto do chefe. Teria sido um golpe de mestre caso o mais velho não tivesse desviado dele com maestria. San riu e JungWon sentiu vontade de chorar. Treinava dia e noite, mas era quase uma tarefa impossível ganhar de San nos combates corpo a corpo. Talvez isso fosse um aviso para que ele se esforçasse ainda mais do que o normal, que já era muito.
- Onde foi parar o seu respeito? Eu sou o seu chefe, boca suja. Não fique bravinho por eu ser bom demais. - Caçoou da raiva de JungWon. Na verdade, aquilo também servia para a própria distração de San. Enquanto treinava o assistente, se esquecia da confusão que martelava a sua cabeça desde cedo. Assim que acordou, San decidiu se arriscar em algo que poderia dar muito errado ou muito certo. Pegou o seu celular e discou o número de Wooyoung. Ele se sentiu nervoso enquanto o fazia e mais nervoso ainda quando a ligação começou a chamar. Não fazia ideia do que dizer, mas sabia que tinha que começar por algum lugar se queria-o de volta de verdade. Talvez o convidar para um jantar casual onde poderiam por as cartas na mesa e esclarecer tudo oque ficou escondido em sua última conversa. San aceitaria até mesmo apenas se sentar em uma praça e pedir desculpas quantas vezes fosse necessário. Ele só sentia aquela imensa vontade de vê-lo mais uma vez. Se arrependia de não ter insistido mais no banheiro da boate. Ainda assim, teve sua frustração jogada bem aos seus pés quando a ligação ao menos foi atendida. Caiu na caixa postal depois de chamar tantas vezes seguidas. Talvez Yeosang tivesse lhe contado sobre o encontro deles de dois dias atrás quando San saiu do psicólogo, e por isso, ele não seria mesmo atendido. Não sabia oque pensar, então qualquer coisa era uma desculpa para seu cérebro confuso e decepcionado. Entendia bem que não tinha o direito de sentir essa decepção, mas ainda assim, teve esperanças de ouvir a voz de Jung quando tentou ligar para ele. Voltou a cafeteria no dia seguinte ao de seu encontro com o Kang. Esperou ver o esverdeado novamente e planejou tentar mais uma vez contato direto com Wooyoung através dele, mas tudo oque encontrou foram figuras desconhecidas saindo da gondry. Nenhum sinal de algum Kang Yeosang perdido pelas calçadas.
