ζ 𝟎𝟎𝟏

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𝐀𝐒𝐒𝐔𝐒𝐓𝐀𝐃𝐀, 𝐌𝐀𝐑𝐉𝐎𝐑𝐈𝐄 𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐎𝐔 bruscamente e suando demasiadamente. Mais uma vez, havia tido um dos sonhos que a aterrorizava todas as noites. Passando as costas da mão pela testa, olhou o relógio ao lado de sua cama, que marcava quatro da manhã.

Ultimamente, seus pesadelos pareciam piores e mais assustadores. Tão terríveis, que a acordava todas as noites. E isso a frustrava, porque aquilo que ela mais desejava se libertar, a assombrava até durante seu sono.

Com sua recente mudança de bairro, consequentemente, ela mudou-se de escola, também. E com isso, Marjo pensou que poderia começar uma nova fase de sua vida, deixando tudo e todas as memórias para trás.

Entretanto, uma simples mudança não faria sua mente parar de atormenta-lá.

Apesar da beleza exuberante em seu exterior, era assustador viver em seu corpo. 

⎯⎯⎯ bom dia

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⎯⎯⎯ bom dia. ⎯⎯⎯ cumprimento sem muito ânimo o motorista que me espera na porta de casa. O analisei dos pés a cabeça e sua aparência era agradável. Esse era o quarto que contratávamos no mês, pois os outros não trabalhavam direito. Enquanto desço as escadas, o observo abrir a porta do carro para mim.

⎯⎯⎯ querida? ⎯⎯⎯ pelo reflexo da janela do carro, vejo meu pai encostado no batente da porta. Ele se aproxima e coloca ambas as mãos em meus ombros. Agora eu já observava seu rosto amassado. ⎯⎯⎯ animada?

⎯⎯⎯ nem um pouco.

⎯⎯⎯ vai dar tudo certo. ⎯⎯⎯ eu o encaro sem muito entusiasmo, esperando que continuasse. ⎯⎯⎯ eu não gostaria de tocar no assunto, mas você se recorda do porquê teve que se mudar de colégio, não é?

⎯⎯⎯ e você acha que eu esqueceria? foi o motivo de nos mudarmos.

⎯⎯⎯ de qualquer forma, só quero lembrá-la que um erro cometido mais de uma vez, é uma decisão... e agora espero que você decida ser uma boa pessoa. Eu sei que você é. ⎯⎯⎯ nem mesmo ele acreditava nisso. Suas mãos apertam meus ombros, e em seguida, o vejo ir até a porta. ⎯⎯⎯ tenha um ótimo dia.

Diferente de minha genitora, papai ainda demonstrava se preocupar com a minha pessoa. Desde o acidente, ela passou a me tratar indiferente e com muito desdém, mas visando o que eu havia feito, talvez eu mereça todo esse desprezo. Ainda assim, olhei alguns segundos para a porta de casa na esperança de que ela aparecesse, mas não o fez.

Pela janela do carro, eu observava as poucas pessoas andarem com agilidade pelas ruas. Então, eu fecho os olhos e inspiro e expiro de maneira tranquila, em uma tentativa de me acalmar e fazer a dor que sinto em minha cabeça passar. Acredito que tenha sido causada pelo tempo que estou sem comer, ou talvez seja pelo nervosismo, visto que é meu primeiro dia em um lugar diferente.

De repente, o carro para bruscamente e escuto um barulho alto. Com esse incidente, colidi minha testa no banco do passageiro. Esfreguei a palma da pão na testa algumas vezes e olhei para a rua em minha frente, vendo uma moto e seu piloto no chão. Desci rapidamente e fui ao seu encontro, já que o motorista parecia estar em choque para se mexer.

⎯⎯⎯ ei! você está bem? ⎯⎯⎯ o garoto gemia esfregando a mão pelo braço. Eu não conseguia ver seu rosto por conta do capacete.

⎯⎯⎯ você não sabe dirigir, não? tinha que ser mulher... ⎯⎯⎯ profere ele se sentando.

⎯⎯⎯ quem não deve saber dirigir é você, bocó! ⎯⎯⎯ cruzei os braços.

⎯⎯⎯ ei! ⎯⎯⎯ ele resmunga, fazendo menção de me dar um tapa.

⎯⎯⎯ presta mais atenção na próxima vez, se não quiser ser morto. ⎯⎯⎯ rolei os olhos e chutei sua moto sem usar muita força, em seguida o ouvi me xingar enquanto eu voltava para o carro. Eu deveria estar atrasada e não era esse estúpido que ia me atrasar mais.

Eu já havia me apresentado e o sr

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Eu já havia me apresentado e o sr. han havia dito para que eu sentasse atrás de uma garota simpática de cabelos curtos. Em meu lugar, eu escutava pessoas murmurando suposições sobre mim. Alguns falavam sobre a minha aparência, outros se perguntavam de onde eu vinha. Nem mesmo faziam questão de disfarçar.

Assim que o professor voltar para a sala, todos vão para seus respectivos lugares e os murmúrios agora são baixos. Distraída, eu começo a arrumar meus materiais em cima da mesa e a matutar sobre as aulas seguintes, quando não pude deixar de notar alguém parar em pé ao meu lado, e antes que eu olhasse o indivíduo, seu pé chutou minha carteira.

⎯⎯⎯ se mexe. ⎯⎯⎯ levantei minha cabeça lentamente arqueando uma sobrancelha. ⎯⎯⎯ esse é o meu lugar.

⎯⎯⎯ não vejo seu nome aqui.

⎯⎯⎯ é o primeiro dia dela, seojun. Deixa-a ficar aí. Você pode se sentar ao lado de suho. ⎯⎯⎯ o garoto nega e o professor analisa toda a turma. ⎯⎯⎯ taehoon, deixe-o sentar aí e se sente lá.

Me lançando uma última encarada, acredito eu que foi uma tentativa bem falha de me intimidar, ele foi para a última carteira. Olhei por cima do meu ombro e esperei que ele me olhasse, e quando isso aconteceu, dei um sorriso ladino em sua direção. Olhei para frente e comecei a conversar com a garota de cabelos curtos.

Para a minha sorte - contém ironia - estava tendo educação física bem no meu primeiro dia e estávamos jogando queimada

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Para a minha sorte - contém ironia - estava tendo educação física bem no meu primeiro dia e estávamos jogando queimada. Não posso negar que estava até que divertido e era uma boa oportunidade de descontar a raiva nos outros. Houve um momento em que a bola passou longe da garota em que eu tentei acertar e eu corri para buscá-la. Quando me abaixei, um pé foi colocado em cima dela.

⎯⎯⎯ a gente já se conhece? ⎯⎯⎯ o encarei. Esse garoto tá me infernizando e ainda é meu primeiro dia.

⎯⎯⎯ não mesmo. ⎯⎯⎯ puxo a bola, porém ele coloca mais força no pé.

⎯⎯⎯ foi você que chutou minha moto.

⎯⎯⎯ e vou chutar sua cara se você não soltar a bola. ⎯⎯⎯ sua surpresa com o que digo o fez se distrair e seu pé perdeu a força, me dando a oportunidade de pega-la e voltar para o jogo.

𝐅𝐀𝐊𝐄 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐓𝐘, han seojunOnde histórias criam vida. Descubra agora