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𝐌𝐀𝐑𝐉𝐎𝐑𝐈𝐄 𝐎𝐁𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐕𝐀 𝐎 céu já escurecido, o que sinalizava já estar tarde, mas ela não dava tanta importância para isso. Seus pés se moviam calmamente pelo chão úmido. As luzes refletiam em seu belo rosto. Suas bochechas estavam avermelhadas por conta do frio que ficou pior no decorrer do dia.

Após o dia escolar acabar, marjorie se despediu de suas novas amigas e decidiu dar um passeio para distrair sua mente e cansar o seu corpo. Talvez fizesse compras.

Seu celular apitou indicando que havia chegado uma mensagem. Largando o rímel que ela analisava e decidia se deveria levar ou não, ela usou sua mão para puxar o aparelho de seu bolso, e abriu a mensagem que havia recebido.

número desconhecido
você não pode apagar o seu passado.

O parto de suas mãos em seu celular se afrouxou e a garota respirou profundamente. A angústia voltou a consumir ainda mais seu corpo. A expressão tranquila que ela carregava, sumiu de seu rosto e ela se viu pensando novamente.

Fazia alguns dias desde o seu primeiro dia de aula. Tudo parecia estar indo bem, em exceto com algumas coisas, mas nada que ela não pudesse lidar, e desde então seus pesadelos não se fizeram presentes. Marjorie até pensou que talvez estivesse livre deles.

Mas, quem mais sabia sobre aquilo que a assombrava?

Há alguns minutos eu estava no mesmo lugar, estática, olhando a tela do celular

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Há alguns minutos eu estava no mesmo lugar, estática, olhando a tela do celular. Haviam muitas questões em minha mente, uma delas sendo quem teria enviado a mensagem, mas não havia resposta, para nenhuma.

Isso certamente me deixaria mais atormentada. Se isso viesse a tona, ia fazer um estrago. Como as pessoas reagiriam sabendo que a filha de um homem influente havia cometido o que fiz? Além de que, todo seu esforço em fechar a boca de quem sabia, iria por água abaixo.

Penso se deveria dizer ao meu pai sobre a mensagem, mas não queria incomoda-lo ainda mais.

Eu acordo do meu transe quando escuto um barulho de moto, me viro rapidamente e a vejo vir em minha direção. Cambaleio para trás e a moto passa por mim derrapando, o piloto e a moto vão de encontro ao chão. Eu o reconheci no mesmo momento.

⎯⎯⎯ 'tô começando a achar que isso é perseguição. ⎯⎯⎯ me aproximo dele e o observo tirar o capacete, e antes que eu receba sua resposta, alguns encrenqueiros apareceram no final da rua. Seojun arregalou os olhos e jogou o capacete em minhas mãos, em seguida começou a correr com os caras atrás dele.

seja lá qual fosse o problema, ele não é meu e eu devo passar longe.

Fui para o caminho contrário do que eles tinham corrido e liguei para o meu motorista me buscar. Ele apareceu depois de longos minutos e quando eu estava dentro do carro, percebi ter carregado o capacete daquele jerk comigo. Eu bufo.

narrador

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narrador.

O aquecedor do carro ligado e o ar quente acariciava as pernas nuas de marjorie. Sua mente não parava de pensar no dia anterior e isso fazia com que suas mãos ficassem inquietas. Quando ela escuta o barulho do freio de mão, ela notou que já estavam em frente à escola. A garota se despediu e deixou o carro, sentindo o frio abraçar suas pernas.

Marjorie não tardou em entrar no colégio que a acolheu com seu ar quente. Andou por alguns corredores, virou algumas esquinas e subiu algumas escadas até encontrar sua sala, onde seus colegas conversavam animadamente sobre algum assunto desconhecido, mas com sua entrada, o foco virou ela.

A garota de cabelos escuros deixou sua mochila em cima da mesa e estava prestes a deitar a cabeça em cima dela, mas soojin a chama, acabando com seu plano de tirar uma soneca antes da aula.
⎯⎯⎯ você pode levar essa caixa para mim lá na sala dos coordenadores? preciso resolver uma coisa.

⎯⎯⎯ claro, posso sim.

A kim levantou-se e pegou a caixa infestada por papéis, que estava bem pesada e teve um pouco de dificuldade de tirá-la de cima da mesa. Enquanto fazia o caminho até a sala dos coordenadores, algumas pessoas a cumprimentava pelos corredores e ela os devolvia com um sorriso não muito animado.

De repente, seojun aparece em seu caminho e a impossibilita de continuar seu trajeto.
⎯⎯⎯ o que é? ⎯⎯⎯ ela questiona sem paciência.

⎯⎯⎯ quando você vai devolver o meu capacete?

⎯⎯⎯ quando vai parar de me perturbar? ⎯⎯⎯ ela arqueia uma sobrancelha. Ele arregala os olhos com a ousadia da garota. ⎯⎯⎯ tenho mais com o que me preocupar. Eu trago para você depois. ⎯⎯⎯ marjorie arruma a caixa em seus braços e bufa, recordando-se do dia anterior. ⎯⎯⎯ aliás, eu te desculpo por quase me matar.

⎯⎯⎯ como assim, garota? você que estava no lugar errado. ⎯⎯⎯ ela o encara irritada, não custava nada um pedido de desculpas. Logo, ela nota o quão perto seus rostos estavam e aquele olhar malicioso de seojun. Aproveitando a deixa, ela pisa em seu pé com força, o fazendo recuar.

⎯⎯⎯ eu trago quando você se comportar direito. ⎯⎯⎯ ela volta a fazer seu caminho e ouve ele murmurar alguma coisa. Provavelmente estava xingando.

⎯⎯⎯ perdeu o juízo, é? 'tá achando que eu vou esquecer isso? ⎯⎯⎯ rolando os olhos castanhos, ela estava prestes a subir as escadas, quando suho apareceu em sua frente. Algumas vezes, Marjorie se assustava e se perguntava como ele aparecia tão de repente. 

⎯⎯⎯ deixa que eu levo para você. ⎯⎯⎯ o garoto toma a caixa de suas mãos e sem dar tempo de ela protestar, ele começa a subir as escadas e desaparece de sua vista.

Aquilo foi a coisa mais improvável que já havia acontecido. Desde que começou as aulas, eles nunca haviam trocado muitas palavras. Marjorie nem mesmo sabia o que pensar. Ela virou-se e encarou seojun que parecia tão surpreso quanto ela. Antes que seus amigos bobalhões começassem as gracinhas, ela baixou a cabeça com as bochechas ruborizadas e fez seu caminho de volta para a sala.

𝐅𝐀𝐊𝐄 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐓𝐘, han seojunOnde histórias criam vida. Descubra agora