A Professora de Dança | Scarlett Johansson

CAPÍTULO 15

Há momentos em nossas vidas onde tudo parece estar perfeito, todas as peças de sua vida estão finalmente encaixadas e no lugar, mas por algum motivo você sente que ainda que esteja tudo perfeito, ainda sim te falta alguma coisa. Era esse o sentimento que Scarlett sentia nesse momento, sua vida havia finalmente voltado aos eixos depois de duas semanas resolvendo as coisas finais do divórcio, mas ainda lhe faltava algo, talvez fosse pela agitação que havia se passado, talvez fosse a adaptação a sua nova vida ou, talvez fosse a falta que uma certa Buckley fazia na sua vida.

Faz duas semanas que Scarlett não via ou falava com S/n, a academia de dança havia fechado para reformas e não estava tendo aulas. Scarlett tentou esquecer e deixar para lá, mas sempre que fechava os olhos ela somente pensava naquela mulher, como poderia ter se apegado tanto assim a uma pessoa? Elas nem eram tão próximas assim, então como essa "dependência" surgiu? Scarlett não sabia explicar, era apenas confuso demais para que até ela mesma entendesse.

Enfim, hoje haveria uma grande festa para os poderosos da cidade, onde políticos e empresários se encontrariam em um grande salão de festas, Scarlett como uma grande empresária havia sido convidada para o evento, e como tinha direito a um convidado, ela resolveu arrastar sua melhor amiga Florence para isto, essa que não reclamou nada da bebida e comida grátis.

No decorrer do dia as duas mulheres tiveram um dia de lazer, cabelo, unhas, maquiagem, tudo para se prepararem para a festa que haveria naquela noite. Enquanto Scarlett e Florence tinham seu dia de princesas, S/n tinha a sua cabeça fervendo as plenas nove horas da manhã, como a academia de dança estava fechada e a jovem garota odiava ficar sem fazer nada, ela decidiu assumir o seu papel na empresa de seus pais, algo ao qual os dois homens sonhavam que acontecesse a anos. Mas, não estava sendo lá as mil maravilhas para S/n, além de pessoas duvidando de sua competência por ser uma jovem garota de vinte e um anos, a garota também tinha seus pensamentos presos em uma certa loira.

- Oi - Eddie fala ao abrir a porta da sala de sua filha vendo a mesma concentrada em algo no computador, S/n o olhou seriamente fazendo o homem sorrir - Seu dia está tão bom assim? - debochou causando uma careta em S/n.

- Posso jogar um funcionário pela janela? - a garota perguntou aquilo de forma tão séria e calma que seu pai chegou a se assustar. Eddie soltou um suspiro entrando na sala e fechando a porta.

- Olha S/a, eu sei que você já sabe disso, mas.... Aqui não é a academia de dança, e os funcionários não são os seus alunos, eles não confiam em você, eles não te conhecem e não estão nem aí se você é uma autoridade, se você deixar eles vão tirar de você a sua autoridade diversas vezes, não deixe que isso aconteça, filha - falou vendo ela concordar levemente com a cabeça - Eu poderia falar com eles...

- Mas eu tenho que aprender a resolver meus problemas, eu sei - S/n falou dando ao pai um sorriso de lado.

- Faça seu pior, Diaz. E não se esqueça, você é dona desse lugar faça o que lhe for melhor e o que achar que deve fazer para mostrar quem manda - falou finalmente saindo da sala da garota.

S/n encarou o computador a sua frente, onde um arquivo detalhado do jurídico estava sendo feito, aquele não era o seu trabalho, mas a pessoa a qual ela havia designado para a função havia se recusado a fazer. Um sorriso nasceu nos lábios de S/n, ela saiu da página em que estava e abriu o e-mail colocando nele as especificações para o contrato ao qual ela queria, em seguida anexou o endereço de e-mail do mesmo homem e apertou em enviar deixando claro na mensagem o quão importante era aquele documento, em seguida ela voltou a página anterior e terminou de fazer o contrato.

Após uns trinta minutos, S/n havia terminado o contrato, ela o arquivou e verificou seu e-mail não vendo uma resposta do homem, mas afinal de contas haviam se passado apenas trinta minutos, ela não poderia esperar que os outros fossem mais rápidos e inteligentes que ela, mesmo que eles pensassem do contrário, bom... Pelo menos por mais trinta minutos. S/n passou trinta minutos mexendo no celular enquanto girava a cadeira de sua sala, ela respondia ao irmão sobre a festa que iria com seus pais e sua prima que acabará de chegar à cidade para fazer faculdade, infelizmente Christopher não poderia ir, então o mesmo ficaria com o tio Bobby e a tia Athena. Assim que havia se passado uma hora do envio do e-mail, S/n verificou novamente e ao perceber que não havia recebido uma resposta, ela sorriu.