A Professora de Dança | Scarlett Johansson

CAPÍTULO 24

Oi, pessoal.
Essa fic já esta com os dias contados, eu estou preprando o último capítulo e assim que ele estiver pronto eu lanço uma sequência até o capítulo final.

O passado é algo que pode nos machucar fortemente, às vezes ele insiste em intervir em nosso futuro causando intriga, tristeza e dor, ele nos afeta de maneira bruta e sem ter dó nenhum de nós, meros humanos incompreendidos. S/n estava de volta ao seu apartamento depois de mágicas três semanas na casa de Scarlett, havia gostado bastante do tempo que passara com a mulher mais velha e com a pequena Rose, mas após um desentendimento com seu melhor amigo, ela insistiu em se afastar não querendo levar essa onda de tristeza para perto das duas loiras. A noite já havia chegado a bastante tempo, S/n ao menos perceberá que havia ficado a tarde inteira sentada no chão de seu apartamento, abraçada a suas próprias pernas enquanto seu rosto estava úmido pelas lágrimas, as luzes estavam apagadas, pois ela não se deu ao trabalho de levantar para acende-las, sua barriga estava vazia, a última refeição feita por si foi o café da manhã com Scarlett e Rose antes de ir até Aaron.

Aaron Taylor-Johnson foi seu melhor amigo desde o dia em que eles se conheceram quando tinha treze anos, os dois juntos a Hailee eram um grupo e tanto que sempre estavam ali para apoiar uns aos outros, as coisas mudaram um pouco quando Hailee se mudou para seguir o seu sonho, mas eles ainda sim tentavam manter o contato a todo custo, mas com a ida de Hailee, S/n e Aaron se tornaram ainda mais próximos. E esse era o motivo da discussão, Aaron sempre foi alguém em quem S/n confiava a sua vida, confiava a ele seus sentimentos mais profundos, ela compartilhava tudo com ele, e ele a decepcionou ao reatar um relacionamento com uma mulher que machucou a todos eles, mas ela também estava decepcionada consigo mesma por não ser capaz de apoiar o amigo, por não ser capaz de entendê-lo naquele momento, talvez ela fosse uma péssima amiga por não estar do lado dele, mas enquanto ela se martilizava por não entendê-lo, será que ele fazia o mesmo por ela? Será que ele pensou nem que seja por um mínimo segundo em como aquilo afetaria a sua amizade de anos? Ele pensou nos sentimentos dela ao voltar a se envolver com uma mulher que ela odiava, uma mulher que a rebaixou a nada, que quase destruiu a sua amizade enquanto abusava de um garoto de quinze anos de idade? Alice Peterson era uma mulher de atualmente quarenta e seis anos, que fez a estupidez de se envolver com Aaron quando o mesmo tinha quinze, na época Aaron e S/n eram tão próximos que todos achavam que eles namoravam e por isso ela fez da vida da pobre S/n um inferno, porque somente ela poderia ter Aaron.

- S/N BUCKLEY-DIAZ ABRE A PORRA DA PORTA AGORA! - a voz grave de Hailee foi ouvida por S/n, ao escutar a voz da amiga foi como se ela tivesse despertado de um transe, ela levantou rapidamente e andou até a porta de seu apartamento completamente escuro.

Quando a porta foi aberta, Hailee a olhou pronta para gritar e discutir, mas então hesitou ao perceber o estado em que sua amiga se encontrava, ela estava tão frágil, isso era perceptível pelo seu olhar, S/n não era o tipo de pessoa que costumava chorar, ela normalmente guardava tudo para si mesma tentando não lidar com o que lhe machucava, e por causa disso bastava somente uma pequena agulha tocar seu coração para que todas as emoções reprimidas voltassem com força e praticamente explodissem em seu rosto, mostrando a ela que ela não era tão forte assim.

- Eu sinto muito, S/n - Hailee falou triste, mas logo voltou a sua postura firme, se tinha uma coisa que a Steinfeld odiava, era dar um sermão em S/n, ainda mais nesse momento, ela se sentiu pisando em alguém que já estava afundada no chão, mas aparentemente era necessário - Mas, você não podia ter feito aquilo, interferir na vida do Aaron daquele jeito - S/n abriu a boca desacreditada, a mágoa consumiu por completo o seu coração.

- Mas, Hailee. Ele está com ela - falou dando um ênfase em 'ela', ela acreditava que aquela fala era o suficiente para justificar suas atitudes, sua voz quase sumiu ao falar e soluços reapareceram junto às lágrimas