Fetiche.

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Ele está atrás de mim; com seu corpo pressionando o meu, a boca colada na minha orelha, as mãos me dominando.

— Você não anda sendo uma boa vadia, uhm? — o aperto no meu cabelo aumenta, minha cabeça é puxada para trás e sinto lábios molhados na curvatura do meu pescoço, chupando devagar a pele, me deixando toda arrepiada. Suspiro, trêmula. A boca retorna ao pé do meu ouvido, e a respiração quente dele ali me deixa fraca. É um ato calculado, intencional. Ele quer me deixar tensa, ansiosa, na expectativa. Ele sabe o efeito que é capaz de causar em mim. Eu estou com os olhos fechados e me sentindo vulnerável, totalmente fragilizada por conta dele, suas palavras, sua voz, seu cheiro, sua proximidade; a mera presença que facilmente me domina e me erotiza, me deixa suscetível a ficar excitada com tão pouco, até com nada; a existência dele e suas palavras são o suficiente para gerar calor em mim. — Talvez... eu devesse punir você. — continuou lentamente, num tom de voz rouco, sensual e quase sussurrado. O sinto sorrindo contra a minha orelha, porque ele deve perceber o meu corpo tremendo. — Me lembro bem, garota. De você me chamando de tantas coisas, sendo arrogante comigo, grosseira, implicante, desobediente... — a voz calma vai encorpando, ganhando um tom severo que mexe comigo, assim como tudo nele e tudo sobre ele. — Meu bem, você, com certeza, é uma puta que merece ser castigada. — tremo com o poder de sua sentença; algo que ocasiona um riso por parte dele. — Mas eu não sou esse tipo de dom, para a sua sorte. — um lento e molhado beijo é depositado abaixo do meu lóbulo, o que me faz segurar um suspiro. — Isso não significa que eu não possa ser mau com você, tá? — salienta ele, numa voz baixa, fazendo a mão que segurava a minha cintura deslizar no meu quadril e me acertar um forte e ardido tapa na coxa, que me obriga a reprimir um gritinho de dor. A mão dele sobe deslizando por baixo da minha saia e agarra a carne da minha bunda enquanto ele começa a maltratar a pele do meu pescoço com sua boca quente, distribuindo chupões fortes que deixarão marcas roxas.

Eu sequer consigo ter controle dos sons arfantes que saem da minha boca em reação ao que ele faz comigo e como me deixa. Quando a mão dele larga meu bumbum e percorre um vagaroso caminho para tocar no meio das minhas coxas, eu caio na real de que isso não pode acontecer ali, não num momento como esse, não enquanto jovens surtadas estão atrás de mim para me surrar, não quando até mesmo o pessoal da diretoria pode acabar vindo para cá. De alguma forma, é excitante correr esse risco, mas eu não vou perder a razão por causa dele, pois posso perder a minha bolsa nessa universidade.

— Não podemos... — começo tentando dizer, mas me calo ao ter seus dedos me roçando de uma forma tão instigante.

Esqueço o que eu iria argumentar, esqueço o contexto da situação, esqueço até mesmo o meu nome, enquanto a ponta dos dígitos dele me exploram habilidosamente, me excitando, procurando o meu ponto mais sensível e o encontrando. Acabo gemendo, não me aguentando ao ter os dedos acariciando precisamente o meu clitóris em suaves movimentos circulares por cima da minha calcinha. Aperto os olhos, me concentrando na sensação, apreciando o modo como é feito e como é estimulante, me rendendo ao desejo e a como é bom deixá-lo me tocar.

— Não está nem tentando resistir... Vê? Como eu te tenho na palma das minhas mãos? Você vê isso, garota? — murmura ele, com a cabeça enterrada na curvatura do meu pescoço, aspirando o meu perfume. O hálito quente me causa arrepios, me sensibiliza. Seu toque lento me incendeia. Desejo, vontade, necessidade, é o que sinto. E eu só penso, instintivamente, irracionalmente, loucamente, em gemer o nome dele, em implorar para ele continuar .   — Baby, você é minha. A minha putinha. — a outra mão solta o meu cabelo e se enfia por dentro da minha blusa para agarrar meu seio. — Você precisa de mim, não é? Quer que eu foda você, é a única coisa em que você consegue pensar, uhm? — repete as palavras que eu digitei para ele, no dia em que fizemos sexting.

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