Capítulo onze

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Pov Amity

Eu tinha acabado de deitar para cochilar e eu sinto a Luz deitando do meu lado

Pelo menos ela não deitou no chão de novo. Acho que ela vai cochilar também...

Quebra de tempo

A Luz me acorda, isso significa que ela vai embora... Isso me deixa meio triste, mas tudo bem...

Eu queria que ela ficasse mais... Eu gosto de conversar com ela

Eu acompanho ela até a janela

Luz: eu vou ir no castelo ver se tem algum jeito de você me chamar sem ter que se machucar ou chorar, aí eu volto pra te falar se dá

Amity: obrigada Luz...

Eu queria passar mais tempo com ela...

Ela vai embora... Eu deito na minha cama e pego meu celular, ainda bem que o castigo acabou, agora eu tenho coisas para fazer.

Eu passei horas vendo vídeos, quando eu peguei meu celular eram seis horas, e agora são onze.

Meus irmãos não estão dormindo, não sei se meus pais chegaram, eles podem ter abrido a porta para falar que chegaram e perceberam que eu estava dormindo... Pera, se eles tiverem chegando eles podem ter visto a Luz... Se bem que eu teria acordado com os gritos da Odalia, então tá tudo bem, e o meu pai disse que passariam o dia todo fora, então não faria sentido eles chegarem entre duas a mais ou menos seis da tarde.

Eu fico feliz pela Odalia ainda estar fora de casa, mas fico triste pelo meu pai, passar o dia todo com aquele pedaço de merda com cabelo verde é complicado...

Mô sede

Me levanto da cama e vou até a cozinha. Enquanto eu pegava água eu escuto a porta sendo destrancada. Dava para ver a porta de entrada pela cozinha, então vi a Odalia e meu pai chegando.

Odalia: mittens, por que não está dormindo?

Amity: e-eu tô com sede

Ela ignorou o que eu falei e continuou

Odalia: seus irmãos já devem estar dormindo uma hora dessa

Alador: amor, nós três sabemos que eles não estão dormindo. Deixa a menina em paz ela só está com sede

Ele chama-la de amor me dói um pouco... Essa relação deles não tem amor a um bom tempo, se é que chegou a ter amor

Amity: bom, eu já vou indo

Nem fico para ouvir o que eles tem a dizer e subo para o meu quarto.

Eu vou olhar pela janela de novo, eu tenho feito isso, com mais frequência, desde que eu conheço a Luz, não sei exatamente o motivo, só me dá uma vontade de olhar pela janela. Eu gosto de sentir o vento

Depois de um tempo olhando pela janela, eu vejo três demônios voando, as asas eram diferentes, não só o formato, mas também a cor. Eu não me importo muito e vou beber minha água, deve ser a Luz e os irmãos dela.

Será eles vão vir falar comigo? Não, acho difícil...

Eu fico meio triste, mas é a vida... Nem sempre as pessoas vão vir falar com você só porque sim né...

Mas a Luz disse que iria voltar e falar comigo para me avisar se tem como eu chamar ela sem me machucar ou chorar... Talvez ela tenha esquecido, ou tá dando atenção para os irmãos dela...

Eu me viro para a janela e vejo que eles ainda estão voando. Decido que quero ver eles voando. Eles estavam voando um atrás dos outros, como se fosse um especie de pique-pega aéreo...

Eu fiquei um tempão vendo eles brincarem, eu não sei o porquê eu passei tanto tempo vendo três demônios brincando de pique-pega no ar, só sei que passei um tempão nisso, era um pouco difícil de ver por estar escuro...

Deve ser normal para os demônios brincar no ar

Eu sento na minha cama, mas ainda virada para a janela. Eu já tinha bebido toda minha água

Vou pegar mais água, eu realmente tô com muita sede

Pego o copo e vou na direção da cozinha. No caminho eu escuto meus irmãos conversando com a Odalia

Edric: e ela tá sendo muito grossa com a gente

Emira: exatamente, a gente até tentou falar com ela, mas ela ignorou

Odalia: ae? Eu vou falar com ela...

(⚠️Aviso: a partir daqui, essa parte vai ser mais pesada⚠️)

Eu gelei, parei até de respirar. Consegui sentir o nervosismo tomando conta da minha alma

Fudeu.

Saio correndo de volta para o meu quarto e me tranco no banheiro. Fico completamente desesperada, meu coração batia forte

Puta que pariu, e agora? Se eu pular pela janela eu vou morrer...

Escuto a porta do quarto abrindo, eu escuto a voz séria e meio raivosa

Odalia: Amity. Eu preciso falar com você.

Pelo tom de voz dela parecia que ela iria me bater até ela não aguentar mais. Me bater tanto que a minha cara ficaria desfigurada

Odalia: você se trancou no banheiro né? Já sabe o que está vindo. Abre a porta, Amity

Eu não conseguia respirar direito, minhas pernas estavam bambas, me apoio na pia se não eu ia cair no chão. Minhas mãos estavam tremendo muito, eu não conseguia ficar em pé direito, minhas pernas não tinham força, meu coração estava quase saindo para fora.

Odalia: Amity, seus irmãos me falaram que você tem sido muito grossa com eles.

Seu tom sério acompanhado por raiva, só me deixou mais e mais desesperada. Eu nem consigo segurar o copo direito, ele iria acabar caindo no chão, eu senti lágrimas descendo pelo meu rosto, e elas acabaram se misturando com suor, eu estava suando de tanto desespero. Eu conseguia sentir que minha pressão ia cair

Ela começou a bater violentamente na porta e tentar força-la a abrir.

Ela vai me matar. Meu pai já deve estar dormindo essa hora, então não tem ninguém para me defender...

Depois de um tempo da minha mãe batendo na porta ela deu um chute tão forte que a fechadura cedeu. A porta foi aberta. O olhar de ódio dela encarava o fundo da minha alma, seus punhos estavam fechados. Suas mãos tremiam de ódio, ela estava quase se contorcendo de tanta raiva. Eu estava completamente desesperada, minha visão estava embaçada pelas lágrimas de desespero. Minhas pernas perderam completamente a força, a única coisa que me mantinha em pé era o fato de eu estar apoiada na pia. Eu estava tonta e com dor no peito. Se minha mãe não me matasse, provavelmente iria morrer de desespero

Odalia: já que você se trancou, vai ser pior para você

Então sem pensar muito, dou um soco no meu próprio braço. Não acho que foi uma ideia muito boa, já que o copo caiu no chão e voou cacos de vidro nas minhas pernas. Com isso eu caí sentada no chão entre a pia e a parede.

Ela começa a se aproximar de mim, eu começo a chorar desesperadamente. Minha visão escurece, mas eu ainda estava minimamente consciente. Eu não conseguia me mover e tremia muito. Eu sentia dores fortes no meu peito e meu batimento estava muito acelerado, eu estava muito tonta e com muita dor de cabeça.

Então eu escuto minha mãe gritando muito alto, eu não consegui entender o que ela estava dizendo enquanto gritava, mas ela saiu correndo para fora do quarto. Então eu desmaio.

Notas do autor
Adivinha quem chegou
pra salvar a Amity?
Beijo :D

Acompanhante Demoníaca (Lumity)Onde histórias criam vida. Descubra agora