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Falo baixinho demais entre o peito que dói e a lufada que descarrega meu pesar
Entre o quebrantar da alma que sangra
Da rachadura que se abre nas beiradas do meu precipício particular
Às manhãs são difíceis em certas épocas do ano
Mas o mês de dezembro é a minha ponte entre o Céu e o inferno
No dia 20 de dezembro o ar se tornava tóxico
Já não se sentia a vontade da vida nessa data
Algo faltando era o tormento de presente adiantado
Apertava até sufocar
O dia era uma parada esperada no tempo
O sangue pulsava nas suas veias
Fazendo seu coração acelerar
Clamando por um milagre
No dia 20 de dezembro sussurrava uma oração silenciosa aos céus
"Por favor meu Deus,que chegue logo minha vez"Falava baixinho pra que ninguém escutasse quando suas lágrimas caíssem
Os números subiam rapidamente
O coração batia forte demais
A sua substância estava fracaEra mais um dia de dezembro
E sua alma sangrava
No silêncio tristonho
Sua estrutura se transformava
No baixo polar de -40ºC
A aurora polar de partículas radioativas avisava que nada estava chegandoNo dia 20 de dezembro
Entre o peito que doía e o coração que sangrava
Ela fazia uma prece"Por favor meu Deus, que chegue logo minha vez".
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Entre Marés
PoetryUma poesia que nem tudo é sobre mim. Me fiz uma maré de sentimentos E me deixei transbordar Deixei que minnha alma se libertasse Em poesias que não pude controlar. ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• O mundo é grande e cabe n...