PRÓLOGO

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"O C O M E Ç O"

R H A E N Y R A   T A R G A R Y E N

R H A E N Y R A   T A R G A R Y E N

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"Um nascimento, uma dádiva."

*

ANO 110 DEPOIS DA CONQUISTA.
Início do Décimo Primeiro Mês,
PORTO REAL; Fortaleza Vermelha.

Quando a Rainha Aemma Arryn entrou em trabalho de parto pela sexta vez, sua filha, a Princesa Rhaenyra, acompanhou a mãe até os seus aposentos. Recusando-se a sair da frente da porta de seu quarto pelas horas que se seguiram, enquanto, com atenção e medo, estava atenta a qualquer mínima movimentação do outro lado do cômodo enquanto aromas angustiantes preenchiam seus pulmões.

Os gritos e os sons que provinham do lado de dentro facilmente chegavam aos seus ouvidos, suas servas, incapazes de tirarem a Princesa do lugar a qual por horas e em pé, não ousava se retirar, olhavam-na horrorizadas, sendo capazes apenas de imaginarem a dor que provavelmente naquele momento, a jovem Targaryen compartilhava com sua mãe.

Lágrimas escorriam pelo rosto da ômega no exato momento em que outro grito de Aemma soou por seus aposentos, seu aroma rotineiramente doce, tornando-se cada vez mais espesso e pesado ao decorrer do tempo, refletindo o estado de ânimo que naquele momento, a Princesa portava. Enquanto naquele momento a Targaryen olhava fixamente para a porta, sabendo que verdadeiramente havia um motivo pela qual a rainha solicitou pela primeira vez, seu marido naquele momento tão frágil de sua vida.

Era mais do que óbvio para a herdeira que sua mãe não sobreviveria aquele parto.

Rhaenyra respirou fundo outra vez, controlando sua expressão e ignorando o toque de uma de suas criadas em seus braços, a qual erroneamente, tratava de persuadir a Princesa a descansar um pouco já que, por horas, ela mantinha-se em pé na mesma posição. Negando-se a se afastar enquanto se refugiava nos prantos e nos gritos de sua mãe.

¿Quantas vezes Aemma havia passado por aquilo? Quantas vezes ela havia tentado, amaldiçoando-se por não dar ao seu marido o filho homem e alfa que este tanto almejava? Eles eram Targaryen's, eles eram o fruto e o fogo do dragão. Então, depois de tudo, porque diabos tinham que abrir mão de seus próprios anseios e seguirem séculos de tradições que desde o início não lhe pertenciam?

Viserys Targaryen era um homem e um regente fraco. Como Daemon, seu irmão, e Rhaenys, sua prima, haviam sussurrado em seus ouvidos vezes ou outra desde que Rhaenyra nascera.

Seu pai não era apenas um governante, como também, um marido incompetente.

E outra vez ele provava tal coisa.

Outro grito, engasgado e doloroso de sua mãe soou, e apertando seus punhos, Rhaenyra finalmente libertou as lágrimas intensas e grossas que tentara conter desde o início daquela manhã, mantendo, mesmo que um pouco, o resto da dignidade que tinha.

𝐹𝐼𝑅𝑆𝑇 𝑆𝑂𝑁 | HOTD - 𝐌𝐀𝐋𝐄 𝐎𝐂'𝐒 (DEGUSTAÇÃO-ONE SHOT)Onde histórias criam vida. Descubra agora