Capítulo 04: Diabretes e o estúpido.

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As aulas da Professora McGonagall eram sempre trabalhosas, mas a de hoje estava muito mais particularmente difícil, especialmente para Ron. Eles deveriam transformar um besouro em um botão, Harry tentou, mas a única coisa que conseguiu foi forçar o besouro a fazer muito exercício, pois o inseto corria por toda a superfície da carteira para fugir de sua varinha.

Já Ron estava enfrentando um problema muito pior. Ele tinha remendado a varinha com um pouco de fita adesiva que pedira emprestada, mas a varinha parecia estar danificada para sempre.

Não parava de estalar e faiscar nas horas mais estranhas, e cada vez que Rony tentava transformar o besouro ela o envolvia em uma densa fumaça cinzenta que cheirava a ovos podres.

Acidentalmente ele esmagou o seu besouro com o cotovelo e teve que pedir um novo.

A Professora McGonagall não ficou nada satisfeita com o que ele tinha feito, e isso o frustrou mais ainda.

Foi um alívio para Ron ouvir a sineta para o almoço.

Seu cérebro parecia ter virado uma gosma toda retorcida depois da maldita aula. Todos saíram da sala exceto por Harry e  Ron, que, furioso, dava golpes de varinha na carteira.

— Coisa horrível, burra, inútil.

— Escreva para casa pedindo uma nova, não seria melhor? — Sugeriu Harry quando a varinha produziu uma saraivada de tiros feito um rojão que os trouxas tinham costume de soltar nas ruas em festas comemorativas.

— Ah, sim, e recebo outro berrador em resposta da mamãe. — Retorquiu irritado enfiando na mochila a varinha, que agora sibilava. — “A culpa é sua se sua varinha partiu...”

Os três amigos desceram para o refeitório,
onde o humor de Rony não melhorou ao ver a coleção de botões perfeitos que Hermione mostrava ter feito na aula de Transfiguração.

— Que aula vamos ter hoje à tarde? — Perguntou Harry, mudando de assunto depressa e Ron ficou agradecido por isso, ele não estava com humor.

— Defesa Contra as Artes das Trevas. — Respondeu Hermione na mesma hora.

— Por que… — Perguntou Ron, apanhando o horário dela. — Você sublinhou com pequenos coraçõezinhos as aulas de Lockhart? — Acrescentou com uma sobrancelha arqueada.

Hermione puxou o horário da mão de Ron, corando loucamente ao ser confrontada por ele daquele jeito.

Quando terminaram o almoço os três saíram para o pátio nublado e Ron olhou em volta para procurar a nova amiga deles.

Hermione se sentou em um degrau de pedra e tornou a enfiar o nariz em Excursões com Vampiros, ela estava mais interessada na sua leitura do que no drama dos dois melhores amigos.

Harry e Ron ficaram discutindo sobre quadribol durante vários minutos até Harry perceber que estava sendo atentamente vigiado. Ao erguer os olhos, viu que o garoto miudinho de cabelos louro-cinza que ele vira experimentando o Chapéu Seletor na véspera o encarava como que paralisado.

Estava agarrado a um objeto que parecia uma máquina fotográfica de trouxas e, no momento em que Harry olhou para ele, ficou escarlate.

— Tudo bem, Harry? Sou... C-Colin Creevey. — O menino se apresentou a ele sem fôlego, adiantando-se hesitante. — Sou da Grifinória também. Você acha que tem algum problema se... posso tirar uma foto? — Ele acrescentou, erguendo a máquina esperançoso, mas suas bochechas ainda queimavam em vermelho.

— Uma foto? — Repetiu Harry sem entender.

— Para provar que conheci você. — Explicou Colin Creevey ansioso, aproximando-se mais. — Sei tudo sobre você. Todo mundo me contou, sabe? Como foi que você sobreviveu quando Você Sabe Quem tentou matá-lo e como foi que ele desapareceu e tudo o mais, e como você ainda conserva a cicatriz em forma de raio na testa depois de tudo aquilo. —  Seus olhos examinaram a raiz dos cabelos de Harry, tentando ver a cicatriz como todo mundo. — E um garoto no meu dormitório disse que se eu revelar o filme na poção correta, as fotos vão se mexer.

A Lufana Dorminhoca.Onde histórias criam vida. Descubra agora