—Ela e maluca! Estou te falando. —Avery falou enquanto passava rímel em seus cílios.—Disso eu sei, mas por que você chegou tão desesperada daquele jeito? —Sidney perguntou esperando a amiga terminar de se arrumar.
—Ela me falou umas porcarias, só isso.
—O que ela te falou?
—Nada de mais. —Avery falou calçando o seu all star. —Vamos?
—Claro.
As garotas estavam no caminho para a festa, na qual tinham sido convidadas. E, por algum motivo, Avery achava o caminho estranhamente familiar.
Quando Avery escutou o carro parar, desceu e olhou ao redor. "Não é possível." Ela pensou.
Era aquela casa, a casa onde quase tinha morrido, a casa onde sua melhor amiga tinha falecido.
Avery entrou em choque ao ver o local, tudo estava igualzinho antes. As janelas grandes, a varanda espaçosa...tudo. Tudo estava como há um ano atrás.
—Você e maluca? —Avery perguntou olhando para a garota que tentava identificar os sentimentos da amiga. —Como você tem coragem de me trazer aqui? —Avery perguntou sentindo seus olhos encherem de água.
—Olha,desculpa... eu pensei que seria uma boa ideia. —Sideny respondeu se encostando no carro.
—Com toda certeza iria ser uma ótima ideia me trazer para o lugar em que eu quase morri! No lugar onde meus amigos morreram! —Avery gritou levantando a cabeça na tentativa de diminuir as lágrimas que caiam descontroladamente. —E claro, foi por isso que você não quis me falar a localização. Você sabia que eu nunca colocaria meus pés nessa casa.
—Avery, desculpa. Mas, agora, já estamos aqui. Vamos deixar o passado de lado uma vez? E tentar nos divertir. —Sidney disse tentando amenizar a situação.
—Não, eu vou embora.
—Trinta minutos, por favor. —Sidney pediu segurando o braço da amiga.
—Dez minutos. —Avery respondeu suspirando.
—Tudo bem, vamos lá!
Elas caminharam até a porta de entrada, logo foram recebidas por um garoto alto.
—Sejam bem vindas e fiquem a vontade!
Avery achava tudo aquilo bem esquisito, estar na casa que quase morreu.
—Vou ao banheiro, me espera aqui. —Avery falou olhando para Sidney.
—Tudo bem.
A garota subiu as escadas e entrou no quarto que a há um ano era de Stu.
Assim que ela entrou no cômodo, sentiu todas as lembranças virem à tona. O Beijo com o Billy,a pequena discussão, o quase sexo que eles tiveram...tudo.
Ela sentiu uma lágrima descer, mas passou a mão antes que ela chegasse na bochecha. A garota se recusava a chorar por alguém que quase matou-a.
Ela entrou no banheiro e lavou o rosto.
Estar naquela casa era como estar vivendo aquela noite novamente, era horrível.
Ela olhou o relógio em seu pulso,não havia de passado nem sete minutos que ela estava ali, mas parecia uma eternidade. Era insuportável, ela não ia aguentar, ia embora nesse exato momento, foi uma péssima ideia.
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THE BLOOD | BILLY LOOMIS |SCREAM 1996
HorrorO que de tão ruim pode acontecer com um grupo de adolescentes?