Luz ou Sombra

Calítulo III

Cassie's POV:

Eu e Matteo saímos juntos do refeitório, com ele segurando em meu punho, me guiando. Nós paramos somente quando chegamos ao seu quarto, o que me deixa preocupada, já que eu disse que não recusaria mais.

Ele me deixa entrar primeiro, enquanto fecha a porta.

— Olha, eu sinto muito por ontem — ele diz olhando profundamente em meus olhos.

— Você sente? — falo carinhosamente.

— Sinto... — ele faz um pausa, como se tivesse revendo um roteiro — eu não deveria ter ficado chateado.

Eu olho para ele de um forma mais tranquila.

— Mas, às vezes sinto que você não me ama tanto quanto eu te amo — ele olha para baixo.

— Eu sinto muito, meu amor. — abaixo a cabeça, já segurando o choro.

Ele anda em minha direção, se aproximando cada vez mais e, quando percebo que ele está perto demais, eu
começo a andar para trás.

— Eu sei que sente... — ele deposita as mãos no meu quadril e olha para baixo. Para si mesmo — Mas, porra, eu te quero tanto.

Quando encosto na parede, Matteo dá um sorriso no canto da boca e levanta meu queixo com uma das mãos.

— Lembra o que você disse ontem? — ele volta a me olhar nos olhos. Com certeza eu lembro... — Pode ser agora?

Eu não estou pronta, e isso não me parece certo, mas fui eu quem disse que poderia ser hoje... Sinto um frio na barriga, que não sei se é bom ou ruim.

Ele levanta o meu queixo com uma das mãos e começa a me beijar.

Uma de suas mãos desliza pelo meu corpo, enquanto a outra foi depositada em meu pescoço, apertando o suficiente para me deixar levemente sem ar.

Muitas meninas estariam amando tudo isso aqui, mas eu não consigo sentir prazer com seu beijo, não agora, pelo menos, muito menos pelo seu toque em meu corpo.

Mesmo desconfortável, o que eu posso fazer? Eu devo isso a ele por ter me ajudado ontem e, principalmente, por tê-lo magoado.

Ele começa a levantar a camiseta, quando ambos os nossos celulares tocam, indicando que nos estavam chamando para uma missão.

— Droga! — ele resmunga, fechando os olhos em sinal de irritação. — Eu passo no seu quarto hoje a noite.

Ele lança uma piscadinha para mim e me dá um último beijo. Ele sai pela porta, me deixando totalmente sozinha e desconfortável.

  ...

Pego o meu celular para ver de quem é a chamada e abro um pequeno sorriso quando vejo que é dos meus melhores amigos, Alec e Giulie.

Saio do quarto do meu namorado e vou para o ponto de encontro.

Ao chegar lá, Alec e Giulie estão conversando com o diretor do instituto, Sr. DiLarence.

— O que aconteceu? — para o Sr. DiLarence estar aqui, algo muito sério deve ter acontecido.

Às vezes parece que eu e a Gius temos telepatia porque, por algum motivo, nós sempre sabemos o que a outra está pensando só de nos olharmos por dois segundos.