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Era tudo o que me faltava, ter que ficar em uma festinha dada pelo idiota do Oikawa Tooru.

Não é que eu tenha algo realmente contra ele, apenas não me agrada olhar para a sua cara a semana toda e ainda por cima ter que o ver até mesmo no halloween.

Não entendo toda essa fixação e obsessão que os outros tem por ele.

Então, aproveitei a distração que Tsukishima tinha feito com Kuroo para poder escapar do Bokuto que não parava de me apresentar para as pessoas para poder ir embora também.

Agora, finalmente no conforto do meu lar e sem aquela maquiagem sufocante no meu rosto me permiti me jogar na cama e relaxar para não pensar em absolutamente nada.

A noite estava fresca o suficiente para que eu me satisfazesse em ficar apenas com a calça branca e folgada do meu moleton.

Eu não sentia sono, nem sede, nem fome e muito menos alegria.

Era apenas eu ali.

Decidido a sentir alguma coisa que não fosse tédio estiquei o meu braço até alcançar meu celular na cômoda.

Minha foto da tela inicial é a mesma de seis anos atrás.

Uma minha e de Shoyo, ele encarava as minhas unhas todo animado afinal, ele mesmo tinha as pintado de azul. Ele sempre foi assim, amava pintar as unhas, seja as dele ou as dos outros e naquele dia ele finalmente havia me convencido a fazer também, admito que até gostei do resultado mas desde aquilo..eu nunca mais me atrevi a fazer algo assim.

- olá Shoyo - o comprimeitei como fazia toda vez que abria o celular - como você vai? - aquela foto ainda era a minha favorita, foi a própria mãe de Shoyo quem a tirou.

- eu vou bem e você? - sabem quanto a alma sai do corpo e não volta? Foi isso o que aconteceu comigo.

- eu sei que não fui o melhor dos garotos mas também não fui tão ruim assim, não é satanás? - os meus olhos se fecharam com força pelo desespero, não é normal morar sozinho e escutar vozes, isso no mínimo é uma esquizofrenia das bem graves.

- você continua sendo um idiota Bakageyama - okay, cadê os meus remédios? Era só o que me faltava, alucinar com o meu ex morto, e olha que a minha psicóloga dizia que eu estava melhorando e me recuperando da fase do luto.

- boke?

- em pessoa..ou demônio - me virei rápido na cama ao sentir um peso ao meu lado e lá pude o ver novamente.

Ele ainda tinha o mesmo sorriso doce de sempre, aqueles mesmos olhos castanhos, os mesmo cabelos ruivos, as mesmas sardas, as mesmas bochechas grandes e rosadas, a mesma altura e mesmo assim me parecia tão diferente.

- eu sabia que você não servia para anjo - tentei sorrir enquanto levava minha mão para tocar os seus cabelos ruivos e arrepiados.

Era sempre assim, bastava eu ficar alguns minutos sozinho que já começava a pensar nele, depois disso começavam os sonhos acordados, os sonhos dormindo, minha vida era baseada nele.

succumbusOnde histórias criam vida. Descubra agora