Capítulo 2

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No caminho de volta á sua fazenda seus irmãos iam à sua frente quando Ramires se aproxima dela, desacelerando os passos de seus cavalos, ele a observa calada enquanto cavalga, parecia estar pensando em algo que a deixara inquieta.

—O que houve irmã? Algo a aflige? Preocupado esperava uma resposta.

—  Por que a pergunta? Só estou quieta nada a passar em minha mente... só estou quieta, não precisa se preocupar. Fala olhando para seu irmão, que logo lhe indaga com uma situação nada agradável a ela.

—Você sabe que há tempos que não passamos no hospital temos que ir lá irmã, afinal e da nossa família.

— Não me importo com aquele lugar, não gosto de hospital. Fala ela bufando e revirando seus olhos...

— Mas é o nosso dever irmã, é só para sabermos como esta e só, eu e os meninos vamos... não precisa adentrar o local. Ramires acaricia seus ombros.

—Esta bem mais tarde voltamos. Olhando para Sunshine e o acariciando, retornam a andar,

Antes de voltarem para casa, eles teriam que passar na fazenda dos Harrison, onde fariam negociações dos produtos da sua fazenda como algodão, batatas, cenouras e potros. Seu falecido marido era de uma família rica e importantes do condado, e agora ela herdara tudo isso, chegando na fazenda ela espera seus irmãos junto de seu cavalo, enquanto negociavam ela cuidava com amor de Sunshine.

— Aqui Sunshine, beba um pouco de água. Enquanto ele bebia acariciava sua crina. – Bom garoto! agora maça ou cenoura? A Jovem o esperava apontar com seu focinho qual queria.

—Claro que é a maça né Sunshine. Enquanto lhe entregava a maça Ross o chama apressadamente, de forma que a assustou.

Seguiu-o e adentrando o estábulo onde estavam negociando seus irmãos estavam atônitos e aflitos, pois receberam uma informação preocupante e incerta. Seu coração acelerado e seus pensamentos também, ela andava de um lado para o outro.

— Mas como você me vem com uma informação dessa sem ter certeza alguma? Se você não tem certeza não abra a sua boca para falar nada! Gesticulando com as mãos expressava uma insatisfação com aquela notícia.

— Irmã, ninguém sabe de nada a anos, Jones só passou o que ouviu nas ruas de Saint Paris, é a primeira informação que temos depois de anos. Faz tempo irmã... talvez...

— Talvez? ...O que? ...Eu não vou desistir Alberto, vocês são tudo o que eu tenho e ele também! Ela sai do lugar e monta em seu cavalo.

— Vamos Irmãos, vamos embora daqui. Amanhã voltaremos para Valentaine.

Desapontada, cavalgava às pressas na frente de seus irmãos até que chega a fazenda que herdou de seu marido, desce do cavalo e o leva o para o estábulo, e sem falar nada lhe dá um beijo, e em seguida caminha em silencio para seu quarto. E se joga em sua cama e as lágrimas saem de seus olhos, com seu peito apertado quase a explodir agarra os travesseiros abafando o seu grito. De tanto chorar ela acaba dormindo, mas ainda era de tarde e o sol ainda não tinha ido embora. Quando despertou do breve cochilo já era o começo da noite, o canto dos grilos e das cigarras a irrita, então ela toma um banho relaxante em sua banheira, e nada passava em sua mente, como se ela tivesse morta por dentro, não sentia mais nada, seu olhar era vazio.

Depois do banho ela se senta na penteadeira e faz um coque baixo lhe deixando mais forte, esse penteado a deixava confiante, e lhe dava uma sensação de autoridade e enquanto terminava o seu cabelo, se encarava no pequeno espelho. Desceu as escadas e foi para a sala de jantar onde seus irmãos já estavam sentados, jantando uma bela sopa de batatas com carne, ela se senta e sente que seus irmãos a encarava, sem falar nada, o clima era de total silêncio. Depois de jantarem alguns foram para seus quartos dormir, então ela se senta na varanda observando a linda entrada da fazenda, no fundo os sons das cigarras e grilos continuam como uma serenata, na pausa dessa canção podia se ouvir o barulho dos animais selvagens, quando seu irmão Christoffer se assenta ao seu lado.

O Mistério de ValentaineOnde histórias criam vida. Descubra agora