O Mistério de Valentaine

Capítulo 22

Partindo logo cedo, caminharam até um local já afastado da pequena vila, parando para comer algo e dar alimento para os cavalos. Katherine pega a sua pistola, e a analisa,  o xerife se aproxima e vê ela olhar fixamente para a arma, e lembra que ele prometeu que iria ensina-la a manejar. 

- Venha aqui! - Ele a espera quando ela lhe lança um olhar curioso. 

- Lembra, que eu iria te ensinar a atirar? Pois bem senhorita Ludovic, chegou a hora, você precisa me ouvir atentamente esta bem? - Ela o olhava com um brilho nos olhos. 

- Prossigamos então, a primeira coisa é confie em si mesma, confie que você não ira errar o alvo, use isto para se proteger apenas! Afaste um pouco suas pernas, aponte para o alvo com o braço reto e firme, apoie a sua mão livre embaixo do corpo da arma ou em seu punho, concentre-se, respire fundo e atire! - Katherine o olhava completamente fascinada, enquanto ele demonstrava para ela. 

- Sua vez, aponte naquela árvore ali na frente! - Pegando a pistola e colocando uma bala, lhe entrega, enquanto ela o encarava nervosa. 

- É vamos lá, eu consigo, eu faço assim, e aponto certo? - Apontando para a árvore, esperava a resposta de Dom. 

Ele ao ver sua postura completamente errada, se aproxima dela enquanto ela o olhava. Dom então afasta um pouco as pernas dela, e a olha seriamente. 

- Posso? - Katherine com o coração acelerado assente com a cabeça, então ele pega em sua cintura e ajusta na posição certa, envolve os seus braços por trás dela, a mostrando qual e a força que deveria usar. 

Kat tentava se concentrar, e foi a primeira vez que ela sentiu isso o coração apertar e sentir uma sensação boa ao seu toque, um arrepio por todo o seu corpo, alguém lhe tocou e não a fez sentir dor, sentindo a respiração de Dom em seu pescoço, quando ele sussurra em seu ouvido. 

- Mira e atira! - Ele se afasta a olhando otimista, quando ela aperta o gatilho e a bala acerta a árvore. 

- E isso ai, minha garota! - Batendo palmas por ver que ela tinha conseguido de primeira acertar o alvo. 

- EU- eu consegui? Eu consegui?! Dom você viu? Eu atirei ! - Olhando para ele saltitava de felicidade, ela então pula nos braços de Dom lhe dando um abraço forte e apertado.

- Eu vi foi fascinante Katherine! - Ele sentia um imenso orgulho dela. 

Eles compartilham olhares e faíscas de amor e desejo os envolvem, alternando entre seus olhos e lábios. Então, Dom a beija com fervor, e ela retribui com a mesma intensidade. Seus lábios suaves permanecem colados por longos minutos, enquanto ambos sentem os corpos colidirem, tornando esse instante especial para os dois. Os sentimentos acumulados entre eles desde o momento em que se conheceram transbordam por cada centímetro de seus corpos ardentes de paixão, enquanto o vento acaricia seus rostos.

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Em Valentaine, os irmãos estavam em uma busca angustiante pela irmã, revistando cada recanto e local. Na noite anterior, enquanto realizavam mais uma busca, avistaram Eliot e alguns homens de Blackwater reunidos nos fundos da delegacia, tramando a vingança de Blackwater. Ele se revelava um espião e começou a infiltrar homens disfarçados no condado. Ao tentarem sair sem serem percebidos, acabaram sendo capturados e trancafiados nas celas. Eliot então revelou tudo o que havia ocorrido e o que estava por vir no querido condado de Valentaine, deixando-os alarmados e temerosos. O condado agora estava sob o controle deles, e a população encontrava-se em risco, com muitos habitantes aterrorizados, e aqueles que se opuseram acabaram mortos.

Durante uma noite de vigilância dos traidores de Valentaine, o vento soprava lá fora, pressagiando a tempestade que se aproximava, forte o suficiente para apagar todas as luzes. Ross e Ramires, irados, direcionaram o olhar para os outros irmãos e sussurraram.

- Irmãos, precisamos encontrar um jeito de fugir destas celas. Não podemos permitir que isso aconteça. Além disso, temos que ir em busca de Katherine em Blackwater; a essa altura, já devem estar quase chegando – disse o irmão de cabelos loiros e olhos verdes, virando-se para o canto da cela, com os punhos cerrados.

- Concordo, irmão. Assim que conseguirmos sair daqui, esse traiçoeiro miserável terá o que merece. Mas como vamos escapar? – questionou Ramires, segurando as barras da cela e encarando os homens lá fora com fúria.

Enquanto os guardas estavam distraídos, os irmãos, em meio a seus pensamentos sobre uma possível fuga, começaram a ouvir sons de uma luta do lado de fora. Com a escuridão ao redor, não conseguiram identificar quem estava ali ou o que estava ocorrendo. Após um breve silêncio, passos começaram a ecoar pelos corredores das celas, e uma figura iluminada por velas surgiu.

- Venham, meus caros! Esta noite, consegui reunir alguns homens para tentar libertá-los, e, por sorte, havia poucos guardas por aqui. Mas precisam sair rápido e se esconder! - A voz suave de Meredith os surpreendeu, acompanhada do rapaz que estava ajudando-a.

Agradecidos, eles deixaram a delegacia cautelosamente e, ao pegarem os cavalos, seguiram em direção à fazenda. Quando chegaram, perceberam que a propriedade já estava cercada por homens de Blackwater, que patrulhavam a área. Os irmãos tentavam encontrar uma maneira de conseguir suprimentos para se reunirem com sua irmã e o xerife, a fim de relatar a situação que ameaçava seu querido condado.

Percebendo que não teriam a menor chance de entrar nas fazendas sem serem capturados novamente, decidiram retornar e se dirigir ao armazém de forma discreta. Colocaram panos sobre os rostos e, ao chegarem, solicitaram a ajuda de Meredith com os suprimentos. Para a surpresa deles, ela possuía um mapa de Blackwater, o que trouxe um grande alívio, pois não conheciam a rota correta. Com mais munições, cordas e alimentos já prontos nas alambradas dos cavalos, Ross, Ramires, Cristoffer, Dave e Alberto subiram em seus montados, trocando olhares cheios de confiança, mas também de preocupação, enquanto seguiam rumo a Blackwater. Sem saber o que os aguardava, avançavam com cuidado pela estrada.