O Mistério de Valentaine

Capítulo 16

A brisa da manhã acompanhada dos raios de sol clareavam o quarto, ela ficou pensativa no seu pedido de ajuda para o xerife. Sem entender o porquê fez aquilo, revirava-se na cama. Katherine foi inundada por uma insegurança e uma incerteza, mas teria que preparar as coisas para sua viagem as escondidas, mesmo não fazendo ideia de como faria.
Separando algumas mudas de roupas,e mantos pois com a chegada do Outono não poderia dar bobeira, precisava se agasalhar para não ficar resfriada. Ficou uma boa parte da manhã organizando essas coisas, quando Christoffer entra em seu quarto sem bater, lhe fazendo esconder debaixo da cama sua trouxa de roupas.

— O que estas fazendo irmã? Por acaso não vais a Valentaine conosco? .... Sabes que não pode  ficar sozinha!
— Me pregou um peça irmão, meu coração até errou as batidas, não faças mas isso bata na porta! Apertando as mãos contra seu peito na tentativa de acalmar seus batimentos.

— Perdoa-me mas ande logo, estamos es- perando, o que tens aí embaixo? Ele aponta para debaixo da sua cama

—Na- Não é nada demais, sa- são só algumas roupas para lavar. Vai indo que eu já vou descer- Tampando com suas pernas, balançava suas mãos para que seu irmão saísse de seu quarto.

— Está bem, ela está ficando cada vez mais estranha eu ein, vou ver como Evangeline está enquanto isso! -sussurrando desceu as escadas.

A moça suspira aliviada de ter conseguido despistar seu irmão,  foi por pouco. Sua preocupação era de como ela faria isso sem que seus irmãos descobrissem, além do mais teria que comprar algumas coisas no centro do condado e eles não poderiam nem sonhar com isso. Mas ela não iria desistir fácil assim, arrumando-se certificou que suas coisas estavam bem escondido.

" Tenho que colocar essas coisas junto de Sunshine assim eles não vão descobrir nada"

Saindo para fora onde seus irmãos estavam observava o céu nublado enquanto o vento acariciava sua pele. Quando chegaram em Valentaine, ela deixa que seus irmãos vão na frente assim, eles não iriam desconfiar. Entrando na casa de armas, pega algumas cordas, e pede uma pistola e duas caixas de munição, nervosa ela batuca a ponta de seus dedos repetidas vezes na bancada, o vendedor a olhava intrigado, uma dama comprando uma arma ainda mais sendo Katherine Ludovic, preocupado ele a indaga:

— Perdão senhorita, mas para que queres uma pistola? Seus irmãos sabem que está aqui? - Ela arregala seus olhos, e pigarreia.

— É claro que sim meu senhor, meus irmãos pediram para que eu pegue para eles,pois estão muito ocupados! Passar bem!- Pegando rapidamente suas coisas, esconde a pistola em sua saia.

Dom de longe a vê saindo correndo da casa de armas e indo para o armazém, ele entendeu que ela não desistiu da estúpida ideia de ir a BlackWater. Olhando ao redor não avista os irmãos dela então vai atrás, adentrando o armazém a observa pegando várias coisas, parecia estar desperada por aquilo, ela não sabia o que estava fazendo e isso era nitido.

— Vejo que não desistiu não é mesmo senhorita Ludovic? - A voz dele percorreu por todo seu corpo, fazendo seu coração disparar.

— Claro que não desisti, e não irei! - Ela o olha e volta a olhar para suas compras, certificando de que pegará tudo.
— Sabes que estas caminhando para sua própria morte não sabes? Tem certeza que quer continuar com essa loucura? -Ele da a volta e para na frente dela a olhando seriamente.
—  Porque te preocupas?  Se não vais comigo.... por acaso tem algum mapa para BlackWater?

— Não, e mesmo que tivesse não daria a você, de modo algum te levaria até sua morte Katherine! - Seu tom era incisivo,e estreitou seu olhar para ela.

— Ótimo não preciso do seu mapa, ou da sua ajuda! - Ela olhava para ele decepciona e desesperada.

— Se vais fazer isso,pelo menos seja menos óbvia,acaso sabes o que estas fazendo? - Ele aponta para sua cintura onde, parte da arma estava aparecendo.

—ESSA NÃO! -  rapidamente coloca sua blusa por cima, agora de fato não dava para ver.

— Deixa que eu levo para você essas coisas, assim você consegue disfarçar, pelo menos isso! - Ele estende suas mãos para tomar de suas mãos, quando ela puxa bruscamente de volta.

— E porque eu devo confiar em ti, como vou saber se você irá mesmo me entregar? E se contares aos meus irmãos, já digo logo se contares és um homem morto!

— Dou minha palavra Katherine! - Eles se entre olharam como se faíscas de ódio misturado com amor surgisse entre eles.

— Katherine o que estas fazendo aí? - Ross e seus irmãos avistam ela e entram no local onde estavam.

Imediatamente ela solta os sacos de suas mãos e entrega a Dom, seu coração saltitava  descontroladamente, suas mãos começam a suar e seu rosto ficará vermelho.

— É-É estou apenas olhando alguns produtos Ross, nada demais - tentava disfarçar seu nervosismo.

— Uhm, certo bom então vamos embora - Ross olhava para os dois desconfiado.

Katherine estava prestes a por seu pé para fora, quando Ross pergunta:

—Estranho! O que você é o Xerife estavam fazendo aqui juntos no armazém? Pareciam próximos eu diria, poderiam me explicar? -Esperando uma resposta de um dos dois, Ross e os outros cruzaram os braços.

Dom olha para ela que  implorava com o olhar  para ele não contar a verdade para eles, ele olha para as sacolas dela.

— Eu estava fazendo algumas compras pessoais, quando Ludovic chegou para ver alguns produtos novos que chegaram recentemente,apenas lhe perguntei onde vocês estavam. Não se preocupem, não estávamos juntos.

— Assim, se é só isso vamos embora, passar bem Xerife!

O jovem não conseguia entender o porquê fez aquilo,  olhando as compras se perguntava, se estava fazendo o certo de deixar ela ir sozinha, mesmo tendo pedido a sua ajuda. Ela não sabia nada, suas compras eram sem pé e sem cabeça ele então completou o que faltava, e o que realmente ela precisaria.

Eliot um homem de confiança do xerife chamava-o pois teriam muito trabalho para fazer no condado, o  homem de meia idade era muito confiável e bom no que fazia, além de gostar e respeitar muito o xerife.

Na sua labuta não conseguia parar de pensar em Katherine  as horas já estavam se avançando, uma indecisão o corroia por dentro. Ele olha para seu amigo e lhe pergunta:

— Eliot, meu caro se eu tivesse que fazer uma viagem de última hora, você cuidaria do condado até minha volta?

— Ora mais é claro que sim Xerife com o maior prazer! - Ele nota um sorriso bobo se formar em seus lábios e logo  uma ruga de preocupação.

— O que houve Xerife? Algo que precisa fazer, mas não sabe se é o certo? - Dom o olha assustado revelando que era exatamente isso.

— Não sei se devo fazer meu amigo, é  uma viagem perigosa, e não envolve somente a mim, mas também a uma pessoa que eu am... quer dizer que tenho muito apreço. - pigarreia tentado disfarçar a quase declaração.

—Meu jovem se essa pessoa é importante pra você, vá e a proteja com sua vida se possível,  se caso não deixa ela ir sozinha e enfrentar consequências das suas escolhas sozinha! -Eliot notava a preocupação em seu rosto, não era uma decisão fácil.

— Um conselho, vá percebo que ela é importante, se não você me daria uma resposta de que não iria,não ficaria com essa cara. Eu vou cuidar do Condado até você voltar, do jeito do Xerife Santi. Pode confiar em mim, eu dou a minha vida para isso. - abraçando forte seu amigo, retornam aos seus afazeres até, o entardecer.