Capitulo 11

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Quando estavam entrando para dentro de casa a galinha Evangeline estava parada na frente da porta a encarando, seu cacarejo arrepia a espinha de Katherine que encarava a inofensiva galinha de estimação de seu irmão. Em passos curtos Christoffer pega delicadamente a sua amiga, receoso olha para sua irmã que estava parada feito uma pedra.

— Calma irmã, não é para tanto, a Evangeline não faz mal, a ninguém. Olha só para ela,  não é um monstro. É apenas uma galinha! - Levantando a galinha, e mostrando para sua irmã, o quão inofensiva ela era, seus olhos brilhavam, ele realmente amava aquela galinha.

—Afaste-se de mim, com ess- essa coisa! Eu não já falei, que não quero essa galinha perto de mim, nem dentro de nossa casa? É a segunda vez, espero que não tenha a- a terceira, se não eu vou fazer um cozido de Evangeline, quero dizer dessa galinha que tem nome! - Falou olhando seriamente para seu irmão, que abraçou sua galinha enquanto seus olhos eram invadidos por um temor, não acreditava no que sua irmã estava lhe dizendo.

—Que despautério! Vamos Evangeline, não ligue para o que ela fala - Tampando os ouvidos da galinha, seus olhos lacrimejam.

—Não terias, coragem de fazer tal coisa, Katherine! Seu coração não é maldoso, tal ponto de '' Cozinhar'' minha amiga, ou seria capaz? -  seus olhos se arregalam enquanto tenta achar, alguma faisca de bondade nos olhos de sua irmã.

—Não duvides, de minha capacidade, irmão! só não quero mais ver esse animal em minha frente então caro irmão, cuide bem da sua querida galinha ou não verás mais ela! - Olhando seriamente para ele e a galinha, seu tom parecia falar serio, então Christoffer saiu da sua presença temoroso, e sussurrou para Evangeline.

— Ela não era assim, eu juro. Não sei o que aconteceu com ela! - Ouvindo isso ficou comovida, era verdade, mas não saia como lidar com tudo isso.

Bufando um ar pesado, subiu para seu quarto quando, percebe o quarto de Ramires que estava com uma luz fraca, e a porta entre-aberta, se aproximou aos poucos e viu seu irmão deitado, pensativo e lágrimas escorrendo pelas laterais de seu rosto. Seu coração apertou-se ao velo desse jeito, mas ao mesmo tempo lembrou do que ele fez a ela.

'' Eu só queria que as coisas fossem diferentes, quero que tudo isso acabe logo, não quero ficar brigada com meus irmãos eles são tudo o que eu tenho. Malditos sentimentos, o que esta acontecendo comigo? ''

Pensamentos rondam sua mente, enquanto se preparava para o banho. Embora sua infância tenha sido um pesadelo, tinha as partes boas, que ela guardava, momentos que ela e seus 6 irmãos eram inseparáveis, e brincavam juntos, faziam praticamente tudo juntos. Embora seja a mais velha, se sentia a mais nova, pois eles a protegiam de tudo, dos galanteios, das brincadeiras perigosas que inventavam, eram  verdadeiros cavaleiros, só não conseguiam proteja-la de uma coisa,  de seu pai quando sua mãe fora embora. Uma coisa que Katherine amava era quando eles brigavam, seus irmãos sempre faziam uma cabana com os lençóis, e dividiam um doce de abóbora que sua mãe fazia, e preparavam um café com canela e cardamomo, ela amava isso. Ela lembrava de tudo isso no banho, e por um momento ela sorriu de saudades, agora as brincadeiras acabaram, e eles nunca mais se juntaram debaixo de uma cabana de lençóis, o doce de abóbora, nunca mais adocicaram o seu paladar, nem o café com canela e cardamomo ela ganhou de seus irmãos. 

'' É crescer é uma merda! A vida é injusta e o tempo... quem me dera ter o poder de voltar no tempo'' 

Pensativa e angustiada fecha as janelas e arruma a sua cama para deitar e dormir, pelo menos tentar ter uma noite boa de sono. Pelo menos dessa vez, ela queria dormir em paz, pois desde que Dom chegara ao condado não conseguia pregar seus olhos e dormir, sonhar ela não sonhava a muito tempo, nem sabia mais o que era sonhar.  

O Mistério de ValentaineOnde histórias criam vida. Descubra agora