girassol

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E a luz do sol que envolve a terra.
E o raio de luar que beija o mar.
De que vale tudo ser tão belo,
Se você não pode me beijar?

Percy Besshe Shelley

-💗-

Lizzie

Mal pude pregar os olhos essa noite, pois sempre que tentava adormecer minha cabeça me enchia de dúvidas sobre a conversa que meu pai teria com Alan pela tarde.
Eu confio em Alan e sei que meu pai só tem cara de bravo e que na realidade é um doce, no entanto a preocupação me tomou de forma descabida e então como sabia que não iria dormir mais por volta das cinco horas da manhã resolvi me cuidar um pouco e me arrumar sem ter que correr muito como no dia-a-dia.

Hoje tive coragem de por um vestido bonito que deixara por meses guardado no armário, pois não sabia se havia me caido bem. E sendo bem sincera fui uma tola, pois me senti muito bem vestindo ele. Peguei uma presilha adornada com rosas para prender meu coque, aproveitando a outra metade do cabelo que deixei solto para colocar sobre meu ombros, deixando dois cachos pendendo nas laterais do rosto.

Depois de pronta, arrumei a mochila e fui preparar meu café da manhã pois não havia comido nada desde o jantar. Desci as escadas e fui até o fim do corredor onde se encontrava a cozinha e tentando fazer menos barulho possível, arrumei a mesa e preparei uma tigela de cereais com frutas para mim. Comi hoje sem pressa alguma e só depois de ter comido tudo e lavado meu prato que meu pai foi para cozinha . Ele me deu um beijo na testa e foi preparar o café dele, depois de toma-lo foi escovar os dentes, se despedir de minha mãe e ir rumo ao trabalho. Alguns minutos depois minha mãe e Jane vieram até mim me deram bom dia e foram comer.

Fui escovar os dentes e dar comida para Anne. Em seguida por ter tempo de sobra fui ler um pouco na sala enquanto esperava por Alan que hoje havia combinado de chegar mais cedo e conversar com mamãe.

Quinze minutos se passaram e ele chegou. Tocou a campainha e quando abri a porta, ele me abraçou e beijou minha testa, me dando a oportunidade de sentir seu perfume suave porém amadeirado e com toques cítricos e seu coração tão acelerado quanto o meu. Assim que nos desvencilhamos do abraço Alan foi cumprimentar minha mãe.

- Bom dia senhora García. - Cumprimentou-a com um aperto de mão. Minha mãe sorriu pra mim como que dissesse " menino educado, não?" e eu confirmei e ri.

- Bom dia querido. É um prazer conhecer o namorado da minha Liz! Mas pode me chamar de Emilly, você é da família agora.- Minha mãe disse e Alan sorriu. De Repente ouço os passos de Jane na escada, ela usava coturnos uma uma jardineira jeans que ela pintou vários corações e uma blusa branca. Ao descer os últimos degraus com aquele sorrisinho ladino estampado em sua cara minha irmã foi cumprimentar Alan. Este a recebeu um pouco desajeitado fazendo-a rir e abraça-lo.

Alan e minha mãe conversaram por cerca de cinco minutos e depois saímos em direção a escola desta vez a pé, pois Serena foi levar um projeto para a faculdade precisava da bike

Depois de fecharmos a porta e caminhar cerca de dois metros na rua Alan falou:

- você está linda hoje Lizzie! - o loiro sorriu para mim enquanto pegava minha mão e me girava em meu próprio eixo. Aquilo me assustou mas não de forma negativa. Depois que os rodopios cessaram permanecemos rindo por um tempo, parados com os olhos presos um no outro. Os olhos esverdeados de Alan tinha um brilho incomum no qual eu nunca havia visto em ninguém além dele.

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