Fantasma do Natal Presente

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Quando o relógio marcou uma da manhã, Regulus já havia voltado a dormir outra vez. Dessa vez, seu sono foi perturbado por barulhos altos de instrumentos musicais, que tocavam uma música de natal.

Quando ele abriu os olhos, haviam vários deles flutuando sobre sua cabeça, todos dourados e brilhantes. Do outro lado do quarto, outro fantasma usava sua varinha para controlar os instrumentos. Esse estava de costas, mas era possível ver que tinha os cabelos escuros e arrepiados.

"Ah, olá!" Cumprimentou o fantasma alegremente ao se virar para Regulus. Ele era muito diferente do outro espírito, tinha um piercing na sobrancelha esquerda, no lábio inferior e vários nas orelhas.

O Black não precisou se levantar, porque o fantasma usou sua varinha para levitá-lo no ar e tirá-lo da cama. "O que significa isso?! O que é essa bagunça no meu quarto?" Ele esbravejou.

"Ora, estou comemorando! É natal!" Cantou o espírito. "Aliás, muito prazer. Sou Bartemius, mas me chama de Barty. Fantasma do natal presente, a propósito." Ele não se demorou muito com as apresentações. Assim que falou, assoviou e o portal já estava aberto, Regulus nem teve tempo de protestar antes que Barty o puxasse direto para dentro.

No término da travessia do portal, eles se encontraram na sala de criação da galeria, onde os funcionários ainda trabalhavam. "Como ousa me arrastar desse jeito? Não sabe quem eu sou?!" Regulus explodiu. "Espera... Disse que estávamos indo para o natal presente, não foi?"

"Isso mesmo." Confirmou Barty.

"E todo mundo está aqui para trabalhar. E eles estão felizes." Regulus refletiu, julgando pelo comportamento de seus ajudantes, que cantavam músicas de natal em coro, enquanto Sirius tocava um violão velho, que tinha a pintura descascada em vários pontos e faltava uma corda. "Olha pra eles, viu? Trabalhar no natal não é tão ruim assim."

"Como é que você falou, Regulus? Quer que nós trabalhemos no natal?" Frank disse, deixando o Black em choque. Afinal, não era para estarem vendo ele.

Mas ninguém o estava vendo realmente, era apenas Frank conversando com um quadro. O que se seguiu foi Longbottom jogando um tomate no autorretrato de Regulus, que estava pendurado na parede.

Todos na sala deram risadas, incluindo Barty. Regulus ficou vermelho de raiva.

"Ah, não, tudo bem. Meu filho vai adorar não ter o papai em casa hoje." Continuou Frank, jogando mais dois tomates no quadro.

Barty continuava a rir, enquanto o Black xingava seus funcionários, se esquecendo por um momento que não podia ser visto. "Vocês estão fora! Todos vocês estão fora da minha galeria!"

O fantasma dava altas risadas. "Isso não tem preço!"

"Não tem preço?!" Explodiu Regulus. "Eles estão jogando tomate em mim!"

"E fazendo malabarismo!" Barty apontou para Frank, que se preparava para jogar mais tomates na pintura. "Oh, use isso! Faça um quadro dessa cena!"

"De que lado você está?!" Questionou o de cabelos ondulados. "Essas pessoas não seriam nada sem minha ajuda! Devem tudo a mim!"

"Pelo menos o Frank está feliz..." Apontou Alice. Marlene continuou. "E Sirius tem mais tempo para chamar Remus para sair."

"Contanto que tudo esteja limpo antes de Regulus chegar." Disse Sirius, que sabia o quão furioso seu irmão ficaria caso visse aquela cena. "Acho que ele não gostaria de nos ver jogando tomates nele."

Então, James entrou na sala, da qual havia saído uma hora antes para comprar lanches para seus amigos. "Olá a todos!" Ele sorriu, e ia dizer algo mais, até que viu o quadro de Regulus. Ele não aprovou, era possível ver pela expressão de censura que lançou aos amigos.

Os Fantasmas de RegulusOnde histórias criam vida. Descubra agora