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— Demitida?
— Eu sei que parece repentino pra você, Nat, mas eu não tenho escolha.
— Elizandra, você está me demitindo uma semana antes do Natal? — Natalí estava em choque atrás do balcão da livraria olhando incrédula para a chefe.
— Eu sinto muito. A livraria não está indo bem, eu tenho mais prejuízos do que lucro e não sei mais de onde tirar dinheiro para pagar os meus funcionários.
— Mas... eu sou a sua única funcionária.
— Exatamente.
— Você... você vai mesmo fechar a livraria?
Natalí viu os olhos da chefe começarem a brilhar e ela estava prestes a começar a chorar.
— Eu não queria, mas não tenho escolha.
— Fechar a livraria! — Natalí saiu de trás do balcão agitada e parou na frente dela. — Eli, você não pode fazer isso. A gente tem que pensar em alguma coisa. Eu mesma posso... eu posso, sei lá, montar uma barraca na esquina e obrigar as pessoas a comprarem livros. Ou a gente pode fazer uma mega promoção, você sabe que as promoções vendem pra caramba ainda mais agora que é Natal. A gente pode... a gente pode... droga, eu não sei, tem que ter uma solução.
— Não tem, Nat. Você acha que eu não pensei em tudo? E essa crise não é de agora. Até as livrarias grandes estão fechando o que você acha que acabaria acontecendo com as pequenas como a minha?
Natalí não disse nada por um tempo. Ainda estava tentando pensar em uma solução.
— Mas tem que ter um jeito e... não estou falando só porque não quero perder o meu emprego. Mas e você? O que você vai fazer?
Elizandra deu de ombros e ela era a própria imagem da derrota. Natalí também.
— Bom, acho que vou voltar a ser dona de casa por um tempo. Pelo menos essa também é uma coisa que eu adoro fazer.
— Mas não é remunerada.
— Não vou morrer de fome, meu marido é advogado.
— Mas, Eli, mesmo assim... você adora tudo isso aqui.
— Eu adoro mesmo. E não sei como vou ficar se perder de vez. Mas é a vida. A gente tem altos e baixos e no momento, eu estou no baixo, bem baixo mesmo.
— Nem me fale.
— Eu sinto muito mesmo, Nat. Eu sei que você também não está em uma fase muito boa. Você e o Sebastian não se falaram mais?
— O idiota me convidou mesmo pra tomar um café como amigos, você acredita?
— E você foi?
— Claro que não. Ele me convidou por mensagem então eu bloqueei o babaca sem responder.
— Melhor assim. Ele não te merece. E você devia parar de sofrer por causa dele.
— Eu não estou sofrendo por causa dele, acho que estou sofrendo porque não consigo aceitar que o meu destino é encontrar apenas homens idiotas e porque eu sei que o próximo vai ser só mais um babaca que não vale a pena porque eu não sei como encontrar o cara certo porque provavelmente ele nem existe.
— Incrível. Você consegue ser otimista com a minha livraria falida, mas é o puro fundo do poço com a sua vida amorosa.
— Eu não tenho vida amorosa e se eu tivesse se resumiria em muita pizza, sorvete, biscoitos natalinos, chocolate quente, panetones porque no momento a única coisa que eu amo é comer e também amo o Natal, é claro, acho que esse amor também conta, mesmo que isso se resuma em minha sala que agora só tem uma mísera árvore de Natal de dez centímetros em cima do rack porque eu escolhi decorar toda a casa do Sebastian ao invés da minha.
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*:・゚★ UM AMOR DE NATAL ೃ࿔❆・:・
RomanceCOMÉDIA ROMÂNTICA 。・:*:・゚★ Tudo deveria ser perfeito no mês de Dezembro... menos para Natalí que levou um fora do namorado, perdeu o emprego, quase foi atropelada e sem querer acabou em um namoro fake. Confira a sinopse para mais informações 。・:*:・゚★