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No dia vinte quatro à noite Natalí desceu do carro por aplicativo na frente da casa dos pais.
Eles moravam em um condomínio simples, mas fechado por isso não havia muros nem portão. A frente da casa era cheia de plantinhas e algumas árvores. Já havia um tempo que ela não aparecia por lá e até sorriu ao se lembrar de momentos divertidos naquele quintal, mas seu sorriso não durou muito. Tinha certeza de que aquela não seria uma noite de momentos divertidos como no passado.
Quando o carro saiu ela lutou contra a vontade de correr atrás dele, implorar para entrar e voltar para casa.
Natalí deu um suspiro derrotado, andou até a entrada da casa, ficou parada encarando a porta e criando coragem para bater.
E ela precisava mesmo de coragem.
Ia fazer o papel da completa derrotada a noite inteira.
É claro que faria de tudo para evitar tocar no assunto, mas eles acabariam fazendo as perguntas certas e ela acabaria contando que não tinha mais um namorado, que não tinha mais um emprego e que muito em breve não teria mais um lugar para morar.
Ao menos chegou com presentes pra todo mundo, presentes que havia comprado antes de perder o emprego, sorte a deles, e estava decidida a pegar tudo de volta se eles não se comportassem bem durante o jantar.
Natalí apertou as alças das dezenas de sacolas que tinha em uma duas mãos e segurou bem firme a travessa de pavê de chocolate que tinha na outra.
Fechou os olhos bem apertados e fez uma oração secreta pedindo que aquela noite não fosse um completo desastre, que o amor estivesse acima da zoeira, que seus parentes tivessem misericórdia e enquanto ela estava concentrada nos pensamentos positivos nem ouviu um carro estacionar na frente da casa dos pais dela, também não ouviu os passos se aproximando.
Ela abriu os olhos.
— Seja o que Deus quiser.
Natalí bateu na porta ao mesmo tempo em que alguém parou ao seu lado, ela se assustou e os dois se olharam em choque.
— VOCÊ?
— VOCÊ?
Eles perguntaram ao mesmo tempo.
Por um segundo sentiram aquela mesma coisa esquisita por dentro.
Uma coisa no coração. Ele sentiu o mesmo cheiro bom do cabelo dela e achou que ela estava especialmente linda aquela noite em um vestido vermelho com uns desenhos bonitos.
Uma coisa no estômago. Apesar do terno brega cor de ferrugem, Natalí achou que seu herói estava ainda mais atraente agora com roupas decentes e cheirando muito bem.
Mas eles espantaram aquela sensação no coração e no estômago já que a esquisitice de estarem ali juntos era ainda mais bizarra.
— O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou ao cara que salvou sua vida há dois dias.
— Eu sou convidado. O que você está fazendo aqui?
— Essa é a casa dos meus pais.
— Seus... pais?
— Filhaaaaa! — A mãe de Natalí abriu a porta com um sorriso gigante e os braços abertos, mas antes de abraçar a filha ela olhou para ele. — Sebastian, que bom que você pôde vir.
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*:・゚★ UM AMOR DE NATAL ೃ࿔❆・:・
RomanceCOMÉDIA ROMÂNTICA 。・:*:・゚★ Tudo deveria ser perfeito no mês de Dezembro... menos para Natalí que levou um fora do namorado, perdeu o emprego, quase foi atropelada e sem querer acabou em um namoro fake. Confira a sinopse para mais informações 。・:*:・゚★