Chapter XI

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25 de Dezembro de 2023

Sofia pov

Entro no carro do meu pai e sento do banco do carona, coloco o cinto e cruzo os braços.

— Filha, sobre a ligação eu--

— Não pai, eu não quero falar disso.

— Tudo isso porque eu te tirei da casa de uma mulher que não é nada sua, não é minha amiga e não passa de uma conhecida!— Ele Exclama dando partida no carro.

— Ela pode não ser nada sua, mas ela é minha amiga pai e eu--

— Eu não me importo Sofia! Porra eu sou seu pai, eu mando em você, você ainda mora debaixo do meu teto Sofia!— Ele grita comigo e alterna seu olhar entre mim e a estrada.

— Quando você for presente na minha vida, quando você se importar em ser um pai de verdade, quando você começar a cuidar da sua filha, aí sim, só aí você vai poder ter algum direito comigo.

— Entenda que você não tem ninguém além de mim, você só tem eu, e mais ninguém, se acha que a Taylor e a porra do namoradinho dela, se acha que eles se importam com você, você tá errada, quem iria querer se importar com você, você só tem eu e deveria estar agradecida por isso, eu poderia te abandonar, mas eu pensei em você, eu pensei sobre você crescer sem uma mãe e sem um pai!— Ele levanta mais a voz enquanto a gente ia chegando mais perto de casa.

— Não faria diferença ter ou não um pai, você não é um pai, que tipo de pai deixa a filha sozinha no aniversário, que tipo de pai deixa a filha sozinha no Natal--

— Eu te dou todos os presentes que você quer e ainda reclama?!

— E o amor? Quando você me deu amor? Quando você entrou no meu quarto pra ver se eu estava bem? Quando você perguntou se eu estava bem? Quando você me abraçou e falou que vai ficar tudo bem?

— Eu não sou o tipo que fica abraçando toda hora Sofia.

— Claro que não, você só sabe me culpar, há 16 anos você me culpa.

— Então me diz Sofia, porque a sua mãe morreu? Se você não tivesse nascido antes da hora isso não teria acontecido— Ele chorava, o que me fez parar e absorver as palavras dele, Ele tá certo— Sai do carro e vai pro seu quarto— Ele respirou fundo e eu sai do carro.

Corri pro meu quarto e tranquei a porta, joguei minha mochila de lado, peguei meu celular e me joguei na cama, sem perceber as lágrimas desciam pelo meu rosto e eu mal respirava. Meu celular começa a vibrar do meu lado e olho na tela. TayTay. Penso por um minuto antes de atender, mas eu seguro o Cho que coloco o celular no ouvido.

Oi pequena— Ela diz com a voz carinhosa de sempre— Tudo bem?

— Tudo— Digo tentando não chorar.

Por que mentindo pra mim?

Desculpa— Essa foi a gota d'água pra mim, eu solto o choro que estava tentando segurar— Desculpa, e-eu só... eu não...

Ei ei, me escuta, foca na minha voz, respira fundoTento ignorar as vozes da minha mente e focar na dela, mas tudo se misturou na minha mente— Eu sei que tudo uma bagunça, sei que você é só uma adolescente e tem que lidar com tudo isso, mas eu tô aqui, eu não vou sair do seu lado nunca Sof, eu tô aqui— Fico prestando atenção nas palavras dela, mas sinto a exaustão me consumir e logo pego no sono.

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