O SOL QUE BATIA NAS CORTINAS do castelo foi o grande responsável por acordar a princesa.
Não pode ver direito onde estava por causa do sono. Foi apenas quando abriu os olhos por completo que percebeu onde se encontrava.Eu em uma maca. UMA MACA. O que diabos será que rolou?
Foi o que a mesma pensou enquanto despertava por completo. Não lembrava de nada que ocorrera no dia anterior. Muito menos sabia o que fazia ali.
Só se lembrava de uma coisa;A carta de Jungwon.
Não tinha como esquecer.
Sua visão ainda não estava inteiramente perfeita, além de que a mesma se sentia um pouco cansada.
Já estava ficando impaciente formulando hipóteses sobre o que talvez tivesse acontecido até ver uma silhueta chegar à porta da ala hospitalar.Seu coração errou uma batida. Teve a esperança idiota de que fosse Jungwon. E se ele tivesse lido a carta? E respondido? Não sabia nem como iria reagir caso realmente fosse. De repente, começou a sentir tanta alegria ao ponto de quase entrar em êxtase.
— Filha?
Tinha mesmo esquecido do dia anterior.
Se despertou das ilusões assim que reconheceu a voz de seu pai. O que ele fazia lá?
É claro Jang Wonyoung, aquela silhueta parecia alta demais 'pra ser ele.— Oi...pai — disse fingindo ainda estar com sono.
— Já está se sentindo melhor? — interrogou enquanto se aproximava da maca onde a filha se encontrava.
Acenou positivamente com a cabeça.
— Ótimo. Não faça isso de ficar rondando pelo castelo às escuras novamente, viu?
Wonyoung expressou uma feição de confusão.
— Como assim?
— Como assim o quê minha filha? — retrucou o pai. — Ontem você veio parar aqui por causa desse motivo.
A menor ficou uns segundos em silêncio antes de voltar a falar.
— Que motivo? Eu me machuquei tão grave assim? Não tô sentindo nada...
Examinava o próprio corpo enquanto falava. O mais velho começou a entender a situação.
— Certo, então acredito que se esqueceu — disse JongSuk. — Ontem você acabou desmaiando, um dos guardas disse que foi uma queda de pressão,
a enfermeira disse que não foi nada grave, mas trouxemos você aqui de qualquer forma.Foi quando finalmente compreendeu toda a situação. E voltou a se lembrar do dia anterior.
— Qual soldado lhe disse isso? — perguntou a Jang, que já adivinhara que algum deles havia "omitido".
— Duard.
— Ah — foi o que conseguiu dizer.
Ela estava tão grata. Eles sabiam que se seu pai descobrisse sobre a carta, ela estaria ferrada.
Com certeza o agradeceria por isso.— Sua mãe ficou tão preocupada — acrescentou JongSuk. — E eu não dormi muito bem.
— Agradeço a preocupação, mas já estou melhor.
Disse Wonyoung, com um sorriso satisfeito.
— Aliás, como você ficou sabendo? — a menina continuou.
— Eu? Bem... — disse meio constrangido com a pergunta repentina — Estava passeando mesmo. Tenho que verificar o castelo todas as noites, é um hábito meu. Que bom né?
Ambos riram da situação.
— Ah! Quase esqueci — exclamou o rei JongSuk. — A família real Park virá ao castelo hoje.
O sorriso da Jang se desfez na hora.
— O quê? — interrogou, se segurando para não se exaltar. — Por quê?
— Ué, filha — estranhou. — você sabe, aliança, acordos, negócios, detalhes para acertar aqui e ali, e mais um turbilhão de coisas.
— Um turbilhão mesmo, que não vai acabar tão cedo — murmurou Wonyoung, desviando o olhar para a janela.
— Filha eu sei que não gosta disso, mas tem que aceitar que essa é uma solução. Estamos em guerra.
— Por quê vocês não fizeram a aliança com a família de Cartier então?
Atirou as palavras. Foi uma das maneiras que Wonyoung encontrou para desabafar um pouco do que queria contar. Para a garota, aquilo que sugeriu era tudo o que queria.
— Querida, não vamos falar sobre isso agora. Vá tomar um banho, se troque e ao menos tente receber bem a família Park. É assim que se comporta uma princesa.
Cruzou os braços.
— Diga para eles que eu não vou poder ir.
— O quê?
— Estou cansada — admitiu. — Minha cabeça está cheia demais pra isso. Se quiserem falar comigo, peça para virem aqui. Sobre as roupas, pedirei às minhas criadas para que venham aqui também.
O rei não quis contestar. Sabia que Wonyoung era difícil, então seria impossível convencê-la.
Seguiu as ordens da mesma e se retirou da ala hospitalar.Só bastou uma hora para a família Park finalmente chegar ao palácio. Todos dali os receberam calorosamente e estavam motivados a ter uma conversa franca para enfim acertar todo aquele assunto de alianças.
— Onde está a senhorita Wonyoung? — interrogou a rainha Joohyun. — Seria ótimo se também pudéssemos ouvir a opinião dela sobre o assunto.
O rei e a rainha Jang se entreolharam.
Que opinião?
De que ela simplesmente odeia o fato de tudo isso estar acontecendo? De que ela acha essa coisa toda uma tolice?— Err...bem... — o rei JongSuk respondeu balbuciando. — a nossa filha não está muito bem no momento. Então era melhor ela não ter vindo conosco.
Sunghoon olhou confuso enquanto os seus pais pareciam satisfeitos com a fala do rei.
— Vamos, sentem-se — sugeriu a rainha Jang.
E enfim todos se sentaram à mesa. Se passaram alguns minutos meio tensos de conversa sobre a aliança até o príncipe mudar completamente de assunto.
— Onde ela está? — perguntou hesitante.
Todos viraram a cabeça para o menino, totalmente confusos com a sua fala.
— O quê? — interrogou o seu pai.
— A princesa — respondeu baixinho.
As famílias se entreolharam.
— Já está interessado na Jang? — perguntava a rainha Joohyun, com os olhos brilhando. — Que ótimo! O casamento vai ocorrer perfeitamente então!
— Não! — gritou Sunghoon num tom mais diferenciado do comum.
Mas nem ele sabia por que diabos ele tinha feito aquela pergunta.
— Eu só acho que é melhor conversarmos com ela também. Ela também faz parte do plano. Ela já deve estar melhor, né?
— Acredito que sim.
Foram as últimas palavras ditas por JongSuk antes de ele guiar o príncipe Sunghoon até a ala hospitalar.
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ℜoyalty, jangkku.
Fanfiction[*. ⋆] Em andamento. long fic. 𓂃Em que as famílias reais Jang e Park assinam um acordo com o fito de construir uma aliança entre as províncias. Entretanto, não era qualquer acordo; assim que ambas as famílias assinassem o papel, estariam dispostos...