E PELA PRIMEIRA VEZ, Jang permaneceu em silêncio ao ouvir um som "estranho".
— Princesa? — repetiu.
Ainda não era possível ouvir um ruído.
— Quem quer que seja, responda. Serei obrigado a ir até aí se você não disser nada — Yang ameaçou.
E Wonyoung ainda se encontrava em choque. Parada como uma pedra. Fria como um cubo de gelo.
— Sou eu sim! — gritou.
— O quê? — era possível ouvir a outra voz, mesmo permanecendo distante.
— Isso mesmo que você ouviu.
E disse com um sorriso nos lábios. Os olhos brilhantes como glitter.
Jungwon, ainda hesitante, se aproximou de onde vinha a voz feminina. Não podia acreditar que se tratava da voz de Jang, sua velha amiga.E assim que os olhares curiosos e esperançosos se encontraram, correram para um abraço longo.
— Não acredito.
— Nem eu — Yang desfez o abraço. — O que você faz aqui?
— Isso não é óbvio? Eu vim falar com você!
— É claro, é claro — fez uma pausa. — Mas sobre o quê exatamente?
Se entreolharam. Ele continuou:
— Desculpa, Wony. Mas é que você sabe . . . infelizmente nós não temos muito tempo. Se nos pegarem aqui, estamos fritos.
— Lógico — suspirou enquanto balançava a cabeça, desapontada. — Bem . . . é complicado.
— O que há?
— Sabe a guerra?
— Sim? — Jungwon não entendeu, mas respondeu mesmo assim.
A princesa escolheu as palavras antes de falar:
— Meus pais decidiram aliar o reino de Schizenland com o reino de Gindland 'pra nos proteger dessa guerra idiota, ou seja, tivemos que nos comprometer com aquela família Park . . . e eu já não gostava dela! Eu acho eles muito frios, além de que eu não consigo me aproximar deles de jeito nenhum! E sabe o que é pior? EU tenho que me CASAR com o príncipe deles. Você ouviu isso? C A S A R! E eles nem ao menos dão a mínima 'pra nossa opinião! Eu não sei o que fazer, Jungwon.
E disparou as palavras. Desabafando aos poucos.
O outro parecia mais confuso que cego em tiroteio.— Err . . . eu . . . — coçou a nuca.
— Não tem jeito né? — suspirou. — Cada um tem seus destinos, esse é o meu. E o dele.
— Olha . . . Não. Se não o quer, lute. Faça o que puder para reverter essa situação. És capaz, Wony.
— Jura?
— Juro, eu acredito em você. E te conheço mais do que conheço a mim mesmo.
— Muito obrigada — e o abraçou novamente. — Eu só queria que tudo isso acabasse e nós pudéssemos ser como antes.
— Eu também, Wony — lamentou. — eu também.
— Eu não sei, querido. Acredito que vão contra-atacar o reino de Garway primeiro. Depois passarão pra Schizenland. Cartien é o último.A rainha Joohyun e o rei Bogum comentavam sobre a guerra. Com o mapa de Kentgard — o país onde viviam e onde se encontravam os reinos — apoiado sobre a grande mesa circular na sala principal.
— Nós não anunciamos a aliança ainda — o monarca comentou. — e não podemos atacar Schizenland. O anúncio deve ser hoje.
— Hoje?
O rei Bogum não disse nada, apenas pareceu estar com uma grande interrogação no topo da sua cabeça. A rainha continuou:
— Nós ainda não falamos com a equipe do Jornal Oficial.
Joohyun mantinha um olhar preocupado enquanto o outro colocava as mãos sobre a cabeça, devido à frustração.
— Não. Não pode ser assim. O que podemos fazer? Devemos resolver isso hoje mesmo.
— Ou ao menos tentar.
E estava aí a sua missão: fazer o Jornal Oficial anunciar a aliança entre Schizenland e Gindland o quanto antes. Caso contrário, ambos os reinos seriam obrigados a entrar em guerra.
Não havia outra opção ou outra escolha a ser feita.
Só demorou algumas horas para Bogum e Joohyun chegarem ao prédio da emissora do Jornal.
Podia se dizer que o clima de Gindland não estava facilitando o processo: estava frio e cheio de ventanias.
Ao menos estava combinando com o humor dos dois ali.— Com licença . . . — o recepcionista checou os visitantes. — Vossa Majestade?
— Exatamente — responderam juntos.
— Sem querer incomodar, Vossa Majestade . . . mas o que fazem aqui na empresa?
— Estamos aqui para fazer um anúncio.
O outro pareceu confuso com a resposta, mesmo assim continuou quieto. O rei começou:
— Como você pode ver, estamos em um cenário catastrófico de uma possível guerra, e claro, o reino de Gindland não pode se ferrar com isso, é nosso dever como pai e mãe — e rei e rainha — proteger nosso pequeno príncipe.
O recepcionista insinuou — em sua mente — o que o rei quis dizer. "Será que devo falar com a imprensa sobre isso?" "O que o filho deles tem com isso?" "Afinal, vou ganhar alguma recompensa no final?"
A rainha continuou:
— Queríamos vir aqui avisar que nós, do reino de Gindland, criamos uma aliança com o reino de Schizenland: nossos filhos irão casar, e assim, poderemos ficar fortes juntos para nos proteger dessa guerra.
Joohyun e Bogum permaneciam de olhos no recepcionista. Olhares ansiosos.
— Bem...eu... — hesitou. — vou falar com... o pessoal do estúdio. Vou ver o que podemos fazer.
Os outros dois olharam com...
decepção?— O que quer dizer? — disse Bogum.
Joohyun apenas cruzou os braços, esperando por uma resposta.
— Vossa Majestade...não me entenda mal...
— Vamos passar todos os detalhes para vocês ainda hoje! Então tratem de resolver isso e anunciem a noticia no próximo programa o quanto antes! Sem desculpas esfarrapadas! — vociferou a rainha.
— Claro, claro — o recepcionista falou em um tom mais baixo.
E assim foi, as figuras da realeza saíram do cômodo, ansiosos por respostas.
Precisavam resolver isso o quanto antes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ℜoyalty, jangkku.
Fanfiction[*. ⋆] Em andamento. long fic. 𓂃Em que as famílias reais Jang e Park assinam um acordo com o fito de construir uma aliança entre as províncias. Entretanto, não era qualquer acordo; assim que ambas as famílias assinassem o papel, estariam dispostos...