Saturdayss

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Presente de natal e ano novo pra vocês!!
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Bora ler!

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Quanto tempo fazia desde que Kim tinha chorado pela última vez? 

Ele alguma vez tinha chorado por realmente estar triste? Lembrava vagamente de ter se desmanchado em lágrimas quando viu a musa dele no Lollapalooza, naquele dia ele soube que vender a aliança da mãe e todo o problema que veio em consequência disso valeu totalmente a pena. A rainha da sofrência, Lana Del Rey era tão deslumbrante e linda. Tirando esse dia, Kim só havia chorado em ocasiões bem específicas.

Coisas 18+...

No momento, ele estava prestes a chorar de tristeza genuína. Seus olhos ardiam, a garganta estava seca e seu coração doía como o inferno. 

Porschay estava bem na sua frente e tudo que ele tinha que fazer era pedir desculpas e contar a verdade. 

Só que da última vez que contou umas verdades não tinha acabado muito bem, tanto que agora eles estavam nessa situação. Escutar o mais novo lhe mandar embora doía de um jeito que Kim nunca achou ser possível doer. 

Parado perto da porta ele procurou pelos olhos bonitos e amendoados de Porschay, em um pedido mudo para que o deixasse ficar e se explicar, mas o silêncio não foi quebrado e Kim, como um cachorrinho que caiu da mudança, com sua cauda entre as pernas virou para ir embora.

Se sentia um merda.

— O que está fazendo? — Apressado, Porschay correu até Kim segurando seu pulso. 

— Você disse para eu ir embora. Eu tô indo. — Tinha algumas dúvidas sobre Porschay ser bipolar, talvez por isso que ele tomasse remédios e fosse para uma psicóloga…

— Te disse para não ir, você não escutou direito? — Engraçado, Kim escutou muito bem com suas lindas orelhas, Porschay mandá-lo ir embora.

O que era isso? Um drama adolescente onde a mocinha diz não, querendo dizer sim? 

Percebendo que o Theerapanyakul poderia ver e escutar apenas o que ele queria, Porschay teve que repetir o que disse antes. 

— Não vá embora... Foi o que eu disse, idiota.

— Você fez uma pausa super dramática e depois me falou "vá embora", como queria que eu entendesse diferente? — colocando a mão na cintura, Kim estava indignado.

— “Vai” e “vá” são palavras com significados totalmente diferentes, Kim. Você, ao menos, terminou o ensino médio? — A audácia do pirralho! Mesmo que tivessem significados diferentes, uma pausa depois do "não" deixou a frase subentendida sim!

Ofendido e com um pouco de vergonha, mas além de tudo aliviado, Kim sorriu um pouco contido. Teve que confessar, sentia saudade desse lado sarcástico de Porschay que ele raramente mostrava e que era bem sexy também. 

— Então, não está bravo comigo? — Ao ver Porschay desviar o olhar, Kim teve a certeza de que se o mais novo tinha ficado com raiva, ela já tinha ido embora, o que ficou foi a mágoa, Porschay ainda estava triste. — Me desculpe, eu não queria ter dito aquilo daquela forma... Você não teve culpa em nada do que aconteceu.

— Não tenho mesmo. — Soltando o rei do drama, Porschay olhou para as próprias mãos tentando se segurar antes de falar algumas coisas que queria. — Por um momento, eu acreditei em você e passei alguns dias pensando nisso, pensando no meu relacionamento com o Kim... Sempre foi algo unilateral, ele nunca gostou de mim. — sorriu amargo, a verdade estava na sua cara há muito tempo, só queria se enganar e bancar o bobo, fingir que vivia um romance com o homem que amava cegamente, mas aquele era realmente o homem que amava ou a imagem que fantasiou sobre ele? — Desde o início, fui eu quem correu atrás dele. Quem idealizou um relacionamento perfeito, fui eu.

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