Início de um sonho! Deu tudo errado...

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Fora do estabelecimento, Porsche puxou Kinn pela orelha e Pol pelo braço jogando os dois para dentro do carro que o bebum do namorado trouxe, mas estava sem condições nenhuma de dirigir. 

Ele se desculpou pela palhaçada do outro que antes de sair do lugar vomitou em Pete, este que já tinha chamado um uber e levado o encosto com ele. Porsche se desculpou pela cena que Vegas os fez passar, prometendo que iria conversar com ele para que não acontecesse outra vez. — Por isso que ninguém gosta de sair com a gente! — gritou ele, antes do carro dar a partida.

Bas foi embora na velocidade da luz quando a esposa ligou irritada, ela reclamou do horário fazendo o empresário suar frio; a esposa quando estressada ficava virada no capeta-sete-pele-coisa-ruim e ele não gostaria de ver a mulher dele puta da vida novamente, uma vez foi já foi o suficiente para traumatizar e só de lembrar tinha gatilhos. Não queria dormir no sofá pelo resto do mês, por isso, pegou o beco quando viu a primeira oportunidade.

Kim e Porschay chamaram um Uber e foram para o apartamento que dividiam. No caminho Kim continuava com o grude, só de lembrar no sorriso presunçoso daquele Las Vegas do Paraguai ele tinha um ataque de raiva e apertava Porschay em um abraço de lado.

— Isso machuca. — Não estava doendo tanto quanto fez parecer, mas talvez só assim Kim o soltaria e esse grude dele estava deixando o mais novo confuso — Não precisa me agarrar aqui, dentro carro. — Encarando o perfil do mais novo, Kim não soube o que responder.

Por quais motivos e com que direito ele tinha de estar com ciúmes? 

Porschay nada mais era que um amigo, ok? Um amigo que ele deu uns beijos e queria foder com força? Sim! Mas ainda assim um amigo que era casado com uma versão feia e piorada sua. 

Era difícil não misturar as coisas quando eles estavam perto de outras pessoas e tinham que fingir ser o que não eram. 

— Foi mal. — Soltou o outro, se encolhendo no canto do carro. Kim voltou a pensar depois de tanto tempo em como ele iria voltar para o próprio mundo.

De alguma forma, tinha se conformado de que não iria conseguir voltar nunca, mas Porschay provavelmente não tinha perdido as esperanças e todos os dias acordava esperando que aquele que estava lhe dando bom dia fosse o Kim com que casou e amava. 

— Tá tudo bem. Você foi esquisito com isso de ciúmes, mas eu achei divertido. — Porschay quase tinha acreditado que era real, foi uma sensação nova e por um momento queria acreditar naquilo, era triste que tivesse acontecido com o Kim errado.

Mas ele era só um idiota esperançoso.



•••



Quando a porta do apartamento foi fechada, Kim se sentiu fraco e as suas pernas falharam. Porschay o segurou preocupado com o estado do mais velho, o garoto tinha sido rápido em segurar Kim, caso contrário ele teria rachado a cara bonita no chão. 

— Você me salvou. — Passando os braços ao redor do pescoço do Kittisawasd, ele fez um pouco de drama. — Oh, querido príncipe encantado de meio metro de altura, me leve no colo para os aposentos reais.

— Você é pesada, princesa girafa com cabelo esvoaçante, este nobre polegar não conseguiria aguentar o peso de suas pernas quilométricas. — Achando a atuação fajuta do outro engraçadinha, Porschay entrou na onda do esquisitão bêbado não prestando atenção na gatinha e quase pisou nela.

"MIAU!" berrou ela irritada e assustada. Estava preocupada com o energúmeno gigante e quase sofreu um assassinato pelo humano que mais amava, era isso que ganhava por tentar ser legal e prestativa.

Por isso que ela preferia o avô, ele, sim, lhe dava o devido respeito.

Aproveitando o descuido do outro, Kim virou o corpo dos dois caindo por cima do Porschay no sofá.

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