O destino nos quer juntos

178 25 62
                                    


As coisas nunca saíam como Kim planejava. Era incrível que tudo sempre dava errado, o crente não tinha um dia de paz. 

O que custava Porschay ter escutado tudo? 

Depois batido em Kim, porque ele merecia apanhar um pouco pelas coisas que disse e fez quando chegou nesse mundo.

Quando o pequeno filhotinho estivesse cansado de usar suas patinhas para bater e socar Kimhan, os dois iriam se beijar naquele misto de raiva e amor...

A fanfic funcionava tão bem na cabeça de Kim.

Mas não... Porschay foi embora e deixou Kim para trás, jogado na sarjeta com o coração em caquinhos e uma gata para criar.

Ok, Porschay estava no direito dele de fazer aquilo, mas Kim queria se distrair um pouco. 

Pensando besteira depois de ter percebido que essa história só poderia ter um final e ele provavelmente não seria feliz.

Ele queria conversar mais com Porschay, explicar mais algumas coisas. Era óbvio que ele contou tudo igual a cara dele e, mesmo que Porschay seja inteligente, tem coisas que ainda assim precisam ser ditas uma segunda vez para uma boa compreensão. Principalmente quando o assunto era algo tão complicado como mundos paralelos, trocas de almas e uma fenda meio lelé da cuca.

Decidindo levantar a bunda da cama e ir atrás do amor de sua vida, Kim desceu as escadas da mansão. Correndo um pouquinho, ele se pegou pensando como foi que ele e Porschay chegaram tão rápido nos quartos mais cedo? Devia estar com tanta vontade de colocar o "carro na garagem" que nem ligou muito se o caminho era longo e estreito.

— Acho que você não tá muito bem. — Foi a primeira coisa que Kim escutou quando se aproximou de Pete. Ele estava jogado no sofá, bebendo na boca de uma garrafa quando viu Kim. Gostava dessa versão do amigo, mais ativa e comunicativa, com esse Kim ele podia ser ele mesmo. — Tava correndo uma maratona? — levantou, quase caindo em seguida.

— Quarto de hóspedes. — Kim nunca tinha sido tão sedentário desde que veio para esse mundo, antes ele não ia para academia, mas vivia se exercitando.

Agora ele nem ia para academia, nem se "exercitava", precisava mudar isso.

— Você foi de elevador e voltou para cá de escadas? Nem os empregados dessa casa usam as escadas, cara. — Com uma cara de "agora tudo faz sentido", Kim respirou fundo e fazendo pouco caso do amigo, Pete riu.

— Tanto faz, você viu o Chay? — Não era hora para brincadeira. Kim precisava encontrar Porschay para eles conversarem mais um pouco.

— Pol o levou para casa.  

Toda a adrenalina que corria por seu corpo sumiu em milésimos de segundos, por dois motivos: o primeiro era que ele ficou aliviado por Porschay não estar sozinho e segundo porque nem o próprio Pol sabia que o apelido dele no outro mundo era Pol, então como Pete sabia?

— Faz uns 10 minutos, eu acho... Eu bebi tanto que não sei se tô falando sozinho ou com o Kim. — Ele se aproximou um pouco mais, ficando com o rosto tão perto que podia beijar Kim a qualquer momento. — Você é o Kim, né? Mas qual deles, essa deveria ser a pergunta. — rindo como um idiota, Pete virou as costas e sumiu entre o mar de pessoas dançando bêbadas.

Depois de pensar e analisar um pouco, melhor assim, não? 

Porschay precisava pensar e ficar sozinho por um tempo. Kim também precisava de um tempo para pensar, então achou que seria melhor dar a noite por encerrada e ir para a casa dos pais. Se eles fossem conversar sobre um assunto tão recente, talvez alguma besteira iria ser dita e, de um final quase feliz, eles iriam para o final ruim, podre, péssimo!

O outro UniversoOnde histórias criam vida. Descubra agora