Vocação ao Pecado - Volume 1

Capítulo 13 - Mortos ainda pecam?

JungKook estaciona na frente do portão principal do Colégio Santa Maria. Ao entrar, é abordado por uma freira idosa, que ao vê-lo dando passos firmes e apressados, julgou ser algo urgente.
- Boa tarde, posso ajudá-lo?
- Boa tarde, só quero conversar com um velho amigo.
- Tem hora marcada com alguém?
- Não.
- Me desculpe, não pode entrar nas dependências do colégio assim. Como ex aluno, conhece bem o procedimento. Primeiro é necessário agendar e ao vir aqui, ser anunciado para que o acesso seja permitido. - Diz a freira de forma gentil.

JungKook respira fundo, ele está com raiva, mas não quer descontar nela.
- Me perdoe Irmã, é urgente.
- Mesmo assim, os procedimentos devem ser respeitados. Principalmente por ser a ala feminina, não posso deixar um rapaz circular sem permissão pelos corredores. Não há outra forma de falar com esse seu amigo? Sou velha, mas estamos numa era moderna e tecnológica, não é meu jovem?

JungKook fica sem graça, mas não pode dizer que não tem o número de Seung, já que disse que se tratava de um amigo. Ao pensar rápido, ele responde.
- É que não estou conseguindo falar com o Seung por telefone...
- É com o Seung que quer falar? - Ela pergunta ao interrompê-lo.
- Sim.
- E por quê você não disse isso antes menino?

Ele sorri e a freira muito carismática continua dizendo.
- Olha, não posso te deixar entrar. Mas como está procurando por Seung, é só procurá-lo na igreja. Ele foi pra lá a poucos minutos atrás e o acesso à casa de Deus não tem restrição.
- Muito obrigado, me ajudou bastante. E me perdoe por qualquer coisa.
- Vejo que o assunto é importante, vai lá, Deus o abençoe.

JungKook cumprimenta a freira beijando a sua mão e corre em direção à igreja.

A missa da tarde terminou e os últimos fiéis estão saindo do pequeno salão. Seung está sentado entre as últimas fileiras e Paolla espera todos saírem para sentar ao seu lado.
- Oi. - Ela o cumprimenta sem tirar os olhos do altar.
- Oi. - Seung sorri, aperta de leve a coxa dela por baixo da saia e volta para a posição que estava, com as mãos sobre o banco de madeira à sua frente.
- Pensei que não fosse aparecer, fiquei o dia todo esperando uma mensagem ou uma ligação sua.
- Estive muito ocupado, me desculpe. - Ele responde e ao se certificar de que não havia mais ninguém na igreja, com a mão segurando a lateral do rosto de Paolla, se aproxima para beijá-la na boca.

Paolla retribui, mas logo se afastam.
- Doido, imagina se nos pegam assim... Você seria demitido do colégio!
- Duvido, a Madre não é burra. Sabe que só está ainda viva porque se mantém de bico calado e cooperando com o Alfa.
- Mesmo assim, não podemos dar mole. Jimin não quer mais recorrer a queima de arquivo, então... Nada de testemunhas.
- Ah, isso é um saco! Apesar dos animais que temos comido, ainda sinto fome!
- Eu também, mas... Pelo bem maior, devemos nos comportar.
- Eu sei, eu sei. Mas o fornecimento do... Você sabe, não pode parar. O estoque está acabando e isso vai nos trazer problemas se não for resolvido.
- Ele está pensando numa solução, Jimin sempre conseguiu manter o acordo. Por que está tão preocupado com isso? Está tão ruim assim ou sua confiança está...
- Não fale bobagem Paolla! Jamais perderei minha confiança nele. - Diz ao interrompê-la.
- Ok, retiro o que nem consegui perguntar.
- Mas pensou, nunca mais pense numa coisa dessa.

Paolla observa a expressão firme de Seung e sorri ao comentar.
- Ele realmente acertou ao te escolher Seung, consigo ver em seus olhos a sua fidelidade ao Alfa.
- Digo o mesmo sobre você, ele não poderia ter escolhido parceira melhor.
- Obrigada, mas... Falando nisso, ele continua insistindo em termos filhos. Até nos ameaçou, não vai aceitar se eu engravidar de você.
- Nunca cometeria essa desonra, principalmente com você.
- Devemos ter mais cuidado, não usamos nenhuma proteção na última vez.
- Relaxa, não se preocupe. Eu fiz vasectomia alguns meses atrás, é irreversível.
- Fez isso mesmo?
- Eu te amo Paolla, não teria te colocado em risco se não tivesse feito.