OS SINAIS....

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O restante da semana foi de muito trabalho por aqui e o dia finalmente veio. A sexta-feira, dia da faxina bruta, enquanto muitos ainda pensavam em começar, por aqui foi o dia de glória. Exaustos nos jogamos no sofá. Recostei minha cabeça no encosto e fechei os olhos por alguns instantes. Enquanto eu sentia os meus músculos, alguns que eu nem sabia da existência, tremerem, minhas articulações doloridas e um cansaço que eu nunca havia sentido antes, Can me fez voltar me dando um beijo quente no pescoço. 

- Tá cansada né? Mas olha só, olha como nossa casa ficou linda. Você fez um ótimo trabalho. 

Virei levemente a cabeça e o olhei admirada enquanto me aproximava lentamente.

- Eu não teria conseguido sem você. Eu tenho um belo ajudante. Muito belo mesmo. (Eu falava enquanto deslizava minha mão em seu tórax por cima da blusa)

- A é? Muito obrigada senhorita. Estarei sempre as ordens. 

Ele falou isso encarando incansavelmente os meus lábios, gatilho para um beijo não é mesmo? Pois não demorou muito e ele se aproximou, tomou meu rosto com as mãos e me deu um beijo doce e carinhoso. Quando paramos o beijo, nossas testas coladas, as respirações ainda descompassadas, Can faz a proposta:

- Que tal um banho? Hun...

- Só um banho né?

- Claro, o que mais seria?

Ele falou dando de ombros e me puxou pra mais um beijo no pescoço.

- Vamos senhor Can, vamos.

Ele se levantou já me tomando pelas mãos e me abraçando pela cintura enquanto íamos em direção ao banheiro. Chegando na porta do box paramos e me deparei com ele me encarando.

- O que foi? Algum problema?

- Não. Problema nenhum. (falei passando  a mão pela barba)

Ele foi se aproximando, segurou a barra da minha blusa e a tirou.

- Só um banho, lembra?

- Só um banho...

Eu de costas fui sendo conduzida ao chuveiro enquanto ele me encarava por todo o percurso. Can ligou o chuveiro e senti uma água deliciosa caindo sobre os meus ombros. Ao senti-la, fechei os olhos e senti o meu corpo relaxando por completo. Abri os olhos quando senti as mãos de Can tomando as minhas e levando-as em direção ao seu peito já molhado. Can me encostou na parede e beijou. Eu senti minhas pernas fraquejarem quando ele com uma das mãos apalpou o meu seio. Senti um leve incomodo que me fez reagir. 

- O que foi amor? Te machuquei?

- Não, não foi nada demais. O olhei e mais uma vez parti pra um beijo quente e feroz. Outra vez... O que era pra ser só um banho rápido, se prolongou. Estou aprendendo... Ou ele não é bom em cumprir promessas ou eu preciso sempre saber das suas intenções.

Nos vestimos, e antes de nos prepararmos para dormir, era hora do primeiro lanche na casa nova. Tudo no seu devido lugar, o nosso quarto arrumadinho do nosso jeito, tudoooo... Saí dos meus pensamentos com o Can me fazendo lembrar da minha promessa.

- Sanem, agora é a hora do vamos ver né?

- De que? (o olhei sem entender) 

- Memória curta a sua né? Pra algumas coisas só... (balancei a cabeça em uma negativa enquanto eu sorria) Não faz nem uma semana que você fez o convite para um jantar aqui. Agora é a hora. A casa tá pronta uai kkkkk

- Hahahaah... Engraçadinho. Eu não me esqueci não tá. Eu só me sentei agora, eu tive tempo pra alguma coisa? Eu hen...

- Sei (falei sorrindo)

SAUDADE DO QUE A GENTE NÃO VIVEUOnde histórias criam vida. Descubra agora