PASSEIO POR GALÁPAGOS

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Descemos ao saguão do hotel onde vimos em um mural todos os passeios e as atividades do dia que estavam disponíveis pela ilha. O hotel onde estávamos ficava na cidade de Puerto Ayora, considerada o maior centro urbano de Galápagos. 

Um dos passeios era uma visitação ao grande centro de pesquisas biológicas Charles Darwin. Suspeitíssima pra falar eu estava ansiosa por isso. Enquanto Can resolvia tudo sobre o passeio na recepção, eu me sentei em uma poltrona ao qual eu tinha uma visão panorâmica de todo o salão o que me fez ver o que eu não queria... Ate quando isso? Um trio de amigas olhava na direção de Can e cochichavam entre si. Respirei fundo e me levantei. Não pude me conter. Sai do meu lugar e fui em direção a elas. Vendo minha aproximação as amigas se posicionaram no sofá desconfiadas. 

- Ola, Buenos Dias. Good Morning. (Tentei contato mas me olharam confusas como se não entendessem nada) 

Foi então que eu parti pra linguagem universal, aquela que todo mundo entende. Fiz um sinal pra que todas olhassem na direção de Can e logo em seguida mostrei minha mão esquerda e apontei para o meu dedo anelar pra que vissem bem claramente a aliança no meu dedo. Sem que Can me visse, finalizei o que havia ido fazer e me encontrei com ele no meio do saguão.

- Vamos amor? Ta tudo bem?

- Tudo ótimo Can, tudo ótimo. ( Falei entrelaçando nossas mãos enquanto eu as encarava)

- Então ótimo. Vamos então.

Can parece ter percebido, ele veio todo cheio de si e enquanto andávamos frente a elas ele me abraçou pela cintura e me deu um beijo estalado no rosto.

- Ciumentinhaaaa...

Can sussurrou no meu ouvido. 

- Me poupe Can, me poupe. Logo cedo. E cada uma que a gente tem que aguentar, eu heenn, que inconveniência. (Ele me olhou de canto e balançou a cabeça sorrindo)

Caminhamos ate a Fundação, quanta beleza, quanto aprendizado. Foi uma manhã bem proveitosa, o passeio foi incrível. Pela manhã mesmo decidimos estender o nosso dia em uma praia próxima dali. Diante de algumas sugestões decidimos o nosso destino: Playa Mansa. A praia ficava bem próxima ao centro, e como iríamos andando passaríamos em um mercado para comprarmos o que comer lá.

- Amor, vamos almoçar primeiro? O que acha?

- Vamos, já estou morrendo de fome mesmo.

- Novidade. (Falei já me afastando que pela cara que ela fez viria uma agressão em seguida)

- Afff... Então vamos Sr Can.

Comemos um pescado com salada. Optamos por algo leve, já que andaríamos bastante e ficaríamos a tarde fora, não queríamos imprevistos.

Saindo do mercado, demos inicio ao trajeto rumo ao nosso destino. Que paisagem inspiradora. Para chegarmos até nosso destino final, existe uma outra praia: Playa Brava, essa mais indicada aos amantes do surf e derivados, já que as ondas são mais revoltas. Antes que chegássemos a essa praia foi preciso passarmos por uma trilha cercada por cactus. Uma fauna vasta que quando passamos pela praia estavam andando livremente pela areia. Mais 15 minutinhos de caminhada e chegamos. Mais um lugar incrível.  

- Can, que lugar perfeito.

- É lindo né?

Estendemos uma canga na areia e colocamos a bolsa no chão servindo de almofada para nos recostarmos. 

Estávamos deitados e de repente Sanem se levanta e sentada se perde em seus pensamentos. Ela estava com um olhar de encantamento, contemplando aquele infinito que estava diante dela. Me levantei, a tomei pelas mãos e em um susto a coloquei no colo. 

SAUDADE DO QUE A GENTE NÃO VIVEUOnde histórias criam vida. Descubra agora