Perfeitamente errado pra mim

𝒞𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 12

Avisos: Segurem as emoções que tem novidade hoje!!! ❤️‍🔥❤️‍🔥 Boa leitura!!!

Liana

Estava há alguns consideráveis minutos sentada no sofá encarando a televisão desligada. Vez ou outra alternava minha atenção para o pequeno vaso de lírios ao lado da janela, este que estava sendo agraciado com a luz do sol da manhã, diferente do resto da casa, tão escura e quieta quanto minha expressão.

A julgar pela cor do céu, deve ser umas 6 horas agora, ou até menos. Não me daria o trabalho de levantar apenas para checar no meu celular, que me lembro ter deixado jogado em algum canto no quarto. Já havia passado café, muito café, apesar de saber que apenas meu pai e eu beberíamos. Mas hoje em especifico eu precisaria de pelo menos três canecas considerando que passei a noite em claro. Correndo o sério risco de ser chamada de viciada por Gustav e Lucca.

Após a festa e dormir na casa de minha amiga, passei o domingo inteiro me questionando sobre tudo que aconteceu nas últimas semanas e cheguei ao ponto de sentir minha cabeça tão pesada que achei estar tendo um derrame. Me peguei refletindo sobre tudo e tentei me recobrar do exato momento em que tudo começou a sair do controle. Contudo, eu chegava a mesma conclusão e ao mesmo momento. O maldito dia em que ele me buscou na faculdade. Com aquele ar despojado e sorriso cafajeste. Naquele carro estupido e roupas estupidas. Daquele dia em diante a minha vida e meus pensamentos têm sido uma bagunça.

Me lembro de ter olhado bem para seu pulso e do meu sangue ferver ao encarar aquele bracelete de caveira ridículo. Lembro de ter meu estômago revirado assim que vi aquela cena dele se esfregando com uma garota desconhecida em seu quarto. E de perder o sono por conta dos barulhos inconfundíveis que fui obrigada a ouvir durante a noite. E me lembro, ainda, de querer estrangular ele até a morte quando começou a me provocar em relação ao Henry.

Afinal, quem aquele garoto pensa que é?!

Flashback on

5 anos atrás

Estava tentando estudar, mas o barulho no andar de baixo estava insuportável. Meu irmão havia convidado alguns amigos para jogar e comer pizza. Meus pais estavam em um jantar que ganharam da empresa, mas sabiam da pequena social que o Nickolas fazia. Apenas fizeram ele prometer que não quebraria nada e que não teria música alta. E claro que ele não obedeceu.

A música alta ecoava pela casa, e tenho certeza que os vizinhos reclamariam depois.

Desci dois degraus com cautela e dali mesmo procuro por meu irmão. Algumas pessoas estavam bebendo cerveja e outras ficaram só no coquetel. Encontro Nickolas perto da entrada acompanhado de uma garota que nunca vi na vida. Vou até ele me desviando de alguns corpos cambaleantes no caminho.

- Falaaa, maninha! – ele grita, claramente já estava animado – resolveu se juntar a festa?! – o vejo passar o braço sobre o ombro da garota, esta que já estava bem mais animada

- Não... eu vim avisar que a música está muito alta e eu quero estudar – ele faz uma careta e bebe um pouco mais de cerveja – os vizinhos vão reclamar e nossos pais vão acabar sabendo disso, Nick!

- Mas eles sabiam que eu ia chamar uns amigos...