𝒞𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝟷

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Aviso: Oii, pessoal! Que bom ter vocês por aqui. Espero que todos estejam bem.

Vim apenas desejar uma boa leitura!

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Liana

Acordo com a luz do sol lutando para atravessar o tecido grosso da cortina, mas sem muito sucesso. Foi uma ótima escolha ter comprado essa cortina naquela liquidação de final de semana e não aquele tapete de raposa para banheiro. Olho o relógio e reparo que havia passado um pouco do horário que costumava acordar.

Verônica havia me avisado na noite anterior, enquanto trocávamos mensagens, para não ficar até tarde desenhando e eu deveria ter escutado. Fiquei horas e horas fazendo modelos de roupas e alguns desenhos aleatórios, simplesmente por estar entediada naquela noite longa de domingo. Mas acho que exagerei um pouco, pois quando me dei conta já eram 3 horas da manhã. Nickolas voltava de uma festa naquele exato momento, inclusive, e quando me viu acordada implorou para que eu não contasse para nosso pai que estava chegando tão tarde. Ou melhor, tão cedo.

Me levantei, recarregando as energias e procuro minhas pantufas. Podem me julgar, mas adoro pantufas, ainda mais aquelas que tem bichinhos. Faço alguns alongamentos e finalmente abro as cortinas e a janela, deixando os raios de sol tomarem conta do ambiente a pouco escuro e sinto o vento fresco da manhã bater leve em meu rosto. Não queria trocar de roupa agora então vou direto para a cozinha tomar café. Chegando no penúltimo degrau da escada, sinto um cheiro gostoso dominar todo o andar de baixo da casa. Meu pai poderia não saber lavar uma louça tão bem quanto lavava seu carro, mas era o melhor cozinhando. E ninguém fazia panquecas de banana como ele.

Os gêmeos estavam sentados na bancada. Gustav estava se empanturrando de cereal com leite, enquanto Lucca ainda estava claramente recebendo o download de sua alma. Era impressionante como eles se pareciam tanto em aparência, mas eram o extremo oposto um do outro. Gustav era elétrico e muito extrovertido, já Lucca era super dengoso e quase não falava conosco da família quem dirá com estranhos. Meu pai tirava mais uma panqueca da panela e a coloca na enorme pilha em um prato, e assim que me vê ele sorri largo.


- Bom dia, flor do dia! - sorri me sentando do lado de Lucca e o ajudo a colocar o leite em sua tigela - Dormiu bem, querida?


- Não muito... tenho que parar de desenhar até tarde...


- Você tem é que parar de tomar café depois das seis horas! - coloca um copo de suco próximo de mim – Eu li em uma matéria na internet que consumir café depois das 5 horas da tarde te deixa alerta e por isso você acaba não dormindo muito bem. E você toma pelo menos três canecas por dia... – ele faz uma pausa para comer um pedaço da panqueca e sua expressão dizia "escute o que eu estou te dizendo", e então ele termina de mastigar e conclui – Você está ficando viciada!


- Pai, por favor né... três canecas nem é tanto café assim.


- Mana é viciada! - Gustav fala de boca cheia, arrancando uma risada cansada, porém gostosa de Lucca. Tenho quase certeza que nenhum dos dois sabia o que isso significava, mas era engraçado para eles mesmo assim.


- Não fala de boca cheia, mocinho! - papai estende um pano para ele se limpar - Cadê seu irmão? - olha para mim

Perfeitamente errado pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora