Date no Rio Han

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#ITCEOCOUPLE

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Dirigindo o carro, dessa vez de forma mais lenta, como quem gosta de sentir o vento da rua refrescar a sua pele e matar de vez o calor que sente. O deslocamento de um lugar para o outro não era tão longe, mas Sana fez demorar mais que o esperado, Jihyo estranhou a tal calma que a japonesa usava para dirigir, mas deixou passar dessa vez. Melhor estar dirigindo calmamente do que loucamente, como ela costuma fazer.

Quando estacionou o carro ela parou perto do Rio Han, aonde seria o local que ela queria levar Jihyo. A última citada achou estranho a escolha daquele local, só quem ia para lá era casais e famílias.

Sana pensou que as vestes de ambas combinariam com o local e clima, e óbvio, dia.

A coreana seguia a loira que até então não protestou nada, apenas andava de uma forma estranha. Estranha pois fechava os olhos, abria os braços e sorria enquanto andava. Esse dia estava todo estranho, a Park torcia para acabar logo de uma vez por todas. Só pararam de andar quando Sana encontrou um banco um pouco distante das pessoas, e se sentaram ali.

– Não é incrível aqui?

Foi uma pergunta genuína, de quem realmente estava gostando do passeio, mas para jihyo a resposta não era tão agradável como a outra pensava.

– O que tem de especial aqui?

Escolheu sabiamente uma pergunta que desse a resposta de que não estava gostando.

– Tudo, dessa grama, até o céu. As gramas estão bem cortadas, limpas e bem verdinhas, os bancos são ótimos acentos, nunca os vi quebrados. O céu está tão agradável hoje, algumas nuvens formam desenhos fofos e divertidos. As pessoas parecem felizes, é possível ver os rostos felizes deles.

Revirou os olhos com tudo que a japonesa disse.

– Por quê me trouxe aqui?

– Eu quero que você se sinta mais leve, nosso almoço foi puxado, tivemos que mentir muito. Está acostumada a mentir para os seus pais? Está realmente preparada para mentir para eles durante um ano? Jihyo, sei que você é alguém reservado, mas quero que saiba que o que me propôs pode ser mais difícil para você. Também quero te deixar calma, você sempre calcula tudo, não acha que deve parar de se cobrar tanto? Te notei nervosa no almoço, não acho que era só desconforto.

Que droga, se sentiu um lixo com todas aquelas perguntas e baboseiras dita pela Minatozaki. Desde quando ela reparava nela? Por quê ela notou e se preocupou? Sentia ódio, parecia agora uma mulher frágil e indefesa, que só era fria por ter problemas. E se tinha uma coisa que a Park odiava, era pessoas sentindo pena dela.

– Você está maluca.

Sana arregalou os olhou.

O que? Sana pensava que de alguma forma suas palavras amoleceriam o coração da pobre mulher fria. Ela não disse apenas por dizer, ela realmente falou o que achava.

– Você é maluca.

Jihyo odiava essa frase, sempre que estava em crise essa mesma frase a perseguia. Por anos ela acreditou fielmente nessas palavras tão sujas que lhe acertavam em cheio, mas com a ajuda de Mina, percebeu que na verdade era sua mente pregando peças. Jihyo não é maluca!

FAKE DATE (SAHYO) Onde histórias criam vida. Descubra agora