DESTINY | ACOTAR E PJO | RHYSAND

CAPÍTULO 1

| Finalmente em casa |

Alissa

Estou andando por uma caverna escura quando chego em uma sala do trono, coberta por diversos seres de orelhas pontudas e um ser horripilante com presas afiadas e asas, e no centro da sala, de frente para um trono estava uma garota ensanguentada sendo arrastada , mas por algum motivo eu não conseguia olhar muito para ela, meus olhos se focavam apenas em um homem perto do trono, ele possuía cabelos negros e a pele aparentemente morena estava pálida. Quando acho que ele vai se virar para que eu consiga ver seu rosto com clareza me sinto sendo puxada, e então a imagem se distanciando e escurecendo, até que não enxergo mais nada.

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Quando abro os olhos tenho a visão da escuridão do meu quarto. Apesar de hoje ser um dia importante para mim não consigo deixar de pensar em meu sonho, obviamente é comum semideuses terem senhos estranhos, mas geralmente são sonhos mais enigmáticos e que envolvem os deuses mas esse parece... não sei... talvez real demais. Fiquei por um tempo vagando sobre meu sonho até que ouço a voz do meu ''amável'' padrasto.

— PESTE, LEVANTA LOGO OU EU TACO ÁGUA NA SUA CARA -grita provavelmente do meio da escada que leva para o meu quarto. Minha mãe é casada com Jack desde os meus nove anos, desde essa época ele faz questão de me irritar sempre, acredito que se não fosse a minha mãe ele já teria me expulsado de casa ou feito eu ficar o ano inteiro no acampamento ainda mais pelo fato que eu atraio muitos monstros. 

Acredito que seja inveja da minha beleza, mas quem sou eu para julgar? Se eu tivesse a aparência dele também viveria irritada.

— Já estou indo, castigo - devolvo para ele, ainda tonta pelo sono. E então saio da cama, pego minhas roupas, sapato e acessórios e me arrasto para o banheiro do quarto.

Hoje é o dia que finalmente vou voltar para o acampamento. Sempre venho passar um tempo com a minha mãe para me certificar que ela está bem e não sendo maltratada pelo embuste que ela chama de marido.

Apesar dele não ser mais viciado em álcool é melhor prevenir. Antes que conheçam minha mãe é melhor eu alertá-los: ela é incrivelmente incrível.

Ela passou parte da infância em uma casa no campo com a mãe até que ela morreu de câncer, então passou a ser cuidada pela vó doente, mas quem cuidava de tudo mesmo era ela, tendo infelizmente que desistir da faculdade de música até que a avó dela também morreu a deixando sem um tostão. Foi quando ela começou a tocar violino na rua para ganhar um dinheirinho extra, onde ela conheceu o meu pai, pelo que ela diz foi a melhor coisa que aconteceu com ela na época, depois do meu nascimento claro, até que eu nasci e ele a largou dizendo ter sido um erro.

Ele era um burro e um idiota, como podem ver.

Ontem Quíron me fez uma chamada de Íris pedindo para que eu retornasse mais cedo para o acampamento devido a um grave problema relacionado com os deuses, como se eles não vivessem criando problemas, então hoje estarei voltando algumas semanas antes do previsto pro acampamento.

Depois de um banho relaxante eu coloco minha calça jeans, a blusa do acampamento, minha jaqueta de couro com a assinatura de vários famosos nas costas, um coturno e um colar de sol. Prendo o meu cabelo em um rabo de cavalo e lavo o rosto pra tirar qualquer resquício de remela e baba. 

Quando chego no primeiro andar com minha mala vejo meu padrasto comendo o café da manhã enquanto a minha mãe está aprontando algumas coisas para eu comer no caminho já que eu não consigo comer quando acordo. 

 — Bom dia, fãs - digo dando um abraço na minha mãe — Quer ajuda com algo?

— Não querida, obrigada. Só preciso que tome logo seu café, você já está atrasada  - disse me empurrando uma xícara e quando me afasto para sentar só ouço ela balbuciando algo sobre eu desmaiar de fome em algum momento