A curiosidade de Xiao Lanhua

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- Claro! Eu abomino a escravidão de qualquer ser! Ainda mais de inocentes. Você não fez nada de errado e foi caçado brutalmente apenas porque queriam escraviza-lo. Falam que os demônios são ruins e que merecem isso. Mas, assim como tem humanos bons, há humanos ruins e humanos que não são bons e nem ruins sendo indiferentes a este mundo. É o mesmo com os demônios. Condenar uma raça inteira por causa de alguns indivíduos é injusto assim como cruel. Além disso, também chamo de hipocrisia. Afinal, há pessoas que nem podem ser chamados de humanos por causa das atrocidades que cometem ao mesmo tempo em que ocorre inúmeros crimes entre os humanos. Eu acho que é pior porque os humanos praticam o mal contra membros da sua própria raça. Vocês, demônios, são uma raça diferente e comparado ao crime de um demônio para um humano, eu acho que o crime entre humanos é muito pior. Eu não vejo esses mestres de demônios fazendo algo por humanos em dificuldade quando é um humano que faz mal a outro humano. Só agem de for um demônio e, não obstante, mesmo que o demônio esteja em seu local, longe e sem fazer qualquer mal, ainda é caçado da mesma forma como você foi. É simplesmente injusto até porque demônios costumam viver longe de humanos e é apenas uma pequena parte que se aproxima enquanto que os humanos vivem aglomerados. Eu também acho a captura sem qualquer julgamento e distinção uma atitude de pessoas hipócritas.

Ele fica surpreso ao ouvi-lo e sorri imensamente, para depois, perguntar:

- Como você conseguiu esse colar?

- O meu avô me deu o colar. Ele disse que ganhou de uma mãe corsa demônio e seu filhote após o meu avô trata-los há décadas, atrás.

Chang Heng sorri ainda mais ao mesmo tempo em que ficava imensamente feliz porque a sua suposição estava correta. Ela era tão única quanto o seu avô.

De fato, ele estava certo em confiar o seu destino à aquela humana porque não se enganou quando a olhou pela primeira vez. A áurea da jovem, se havia algo assim, demonstrava o seu coração amável e gentil, assim como era com o avô dela.

A humana salvou a sua vida enquanto que o avô dela salvou a sua vida e a da sua mãe porque eles não teriam conseguido sobreviver a emboscada que sofreram sem a ajuda providencial dele, com o cervo sentindo que devia pagar essa dívida, agora dobrada em nome da sua honra. Somente o colar não era um pagamento suficiente. Protegê-la podia ser considerado uma forma de pagamento.

Além disso, ele a achava linda e havia se apaixonado à primeira vista.

Portanto, ficar com a jovem não seria nenhum castigo e esperava que com o tempo houvesse correspondência dos seus sentimentos, com ambos ficando juntos mesmo que demorasse anos.

Para os demônios, o tempo era irrelevante em decorrência da sua longuíssima longevidade e que variava de espécie para espécie assim como se linhagem.

- Eu não vejo esse colar desde que foi criado para pagar a bondade de um humano para conosco.

Ela exibe uma agradável surpresa em seu semblante enquanto pergunta em tom de confirmação:

- O filhote era você, certo?

- Sim. Você lembra o seu avô em muitos aspectos. Além disso, também associei a ele por causa desse medalhão.

A médica pega instintivamente o objeto na mão e ao olhar para o medalhão, se lembra das palavras do seu avô.

- O que eu e a minha mãe esquecemos de contar é que o medalhão aceitaria descendentes dele mesmo que não fossem parentes de sangue. Bastava considerar profundamente aquela pessoa como membro da sua família. Eu supus pelo tempo que vi esse humano que você seria neta dele.

- O meu avô insistiu em me dar o medalhão quando eu saí de casa para a jornada de medicamentos e de ervas, além de aperfeiçoamento e prática de cura.

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