Capítulo 4

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Seria muita sorte ela aparecer novamente, não é?

Depois de ficar ali até o sol se por, acabou por ir para casa. Ela não apareceu.

"Mas o que eu esperava? Agora nem tenho certeza se a vi realmente.
Talvez eu deva seguir o conselho de Lucas."

Fez cara feia ao cogitar tal possibilidade. Falar com um estranho sobre sua vida? Não! Não mesmo!
Resolveu ligar para Lucas.

– Onde estás?

– Meu amigo, como vai? Eu estou muito bem, obrigado!

– Não estou com paciência para as tuas piadas Lucas!

– Okay, okay. Estou a caminho de uma reunião.

– Jantar de negócios? Quem inventou isso?

– Alguém sem nenhum senso, só pode. Mas então, tenho a certeza que não ligou para saber onde estou. O que aconteceu? Teve outra crise? Viu aquela mulher de novo?

– Não, nada disso. E porquê se preocupa tanto com essa mulher. Já disse que não a conheço.

– Já disse que estou preocupado contigo, você é meu amigo. Agora diga-me porquê ligou!

– Queria sair para beber, só isso.

– Sem problemas, podemos ir depois da minha reunião.

– Pensando bem, melhor não. Falamos amanhã.

– Como quiser sr. Jones.

Desligou. Como podia ser amigo d Lucas, eram tão diferentes.

∞∞∞

Lucas estava aliviado porque a reunião chegava ao fim e sairia dela com os seus objetivos alcançados.
Após apertar as mãos, sorriu satisfeito e despediu-se dos seus novos clientes. Os negócios andavam muito bem.

Assim que chegou ao seu carro, notou alguém ao lado dele. Ficou paralisado.

Um fantasma.

O fantasma vestia um casaco creme por cima de uma blusa de gola alta preta e calças que pareciam ser pretas. Como sempre bela. Porém, Lucas queria que ela levasse aquela beleza para bem longe dele. A noite não podia ser perfeita para ele, não é mesmo?

– Mikaela! O que faz aqui?

– Eu é que pergunto, meu amor. Veio jantar nesse lugar chique e não me chamou?

- Não tenho motivos para te chamar e eu estava aqui a negócios. Não que isso te diga respeito. - falou enquanto abria a porta do carro. Porém ela também segurou a porta.

– Calma querido, porquê a pressa?

– Não chegues perto de mim, entendeu? O que é que queres? Melhor, o que mais queres?

– Sabes bem o que eu quero. E assim que eu tiver, posso ir-me.

– Não, não. - riu ironicamente - Nunca será suficiente não é?

– Hmmmm, conheces-me bem.

∞∞∞

Estava na praia mais uma vez. Porém no meio dos coqueiros, e olhava para todos os lados a procura dela. Se ela achava que ia ganhar estava muito enganada. Assim que a pegasse a faria pagar com muitos beijos. Sorriu com esse pensamento.

– Querida? Onde estás? - perguntou se aproximando devagar de onde ela estava e ouviu o riso dela. Ela tinha um riso engraçado e contagiante.

De repente, ela saiu em disparada. Ele só viu um vulto azul, a cor do vestido dela. Então seguiu-a com um sorriso ainda maior.

– Vou te apanhar querida! - ela ria e então desequilibrou-se, assim Yohan alcançou-a e a abraçou por trás. A pele dela era macia e amava o perfume dela.

– Sempre te pego amor. - falou enquanto a virava e...

Bip, bip, bip!

Argh! O que é?

Yohan virou-se na cama e colocou a cabeça debaixo da almofada.

"Logo quando consigo dormir, essa coisa me acorda".

Mas o alarme não parou, por isso acabou por desistir e levantar-se para mais um dia frustrante.

Já no trabalho, tudo corre do mesmo modo de sempre. Em sua sala, a porta simplesmente abre-se. Ele já se preparava os insultos para o intruso mal educado.

– Meu amigo! E então, como vai? - revirou os olhos ao ver Lucas já dentro da sala.

– Tinha mesmo que ser você? Tens algum problema em bater a porta?

– Ah, até parece que não me conheces. Até a tua secretária desistiu de tentar me impedir.

– Desisto! Diz logo o que queres, estou ocupado, como vês.

– A se encher de trabalho, quando tens tantos subordinados, sabes precisas descansar mais.

– Não, não preciso.

– Precisas sim! Estava a pensar, que tal tirarmos umas férias?

Yohan olhou com cara de tédio.

– O que foi? Seria bom, férias de amigos. Sol, praia e mulheres lindas, seria perfeito.

– Não!

– Yohan para de ser chato. Vai ser bom. Podes descansar e respirar outros ares, vai ser bom.

– Já disse que não!

– Yohan, pensa bem. Podemos ir amanhã mesmo, hmmm. Caribe, o que acha?

– Porquê a pressa? Estás a fugir de algo ou alguém?

– Claro que não! Só estou a pensar no teu bem estar. Sou teu amigo.

– Te conheço Lucas. De quem foges? Uma mulher que enganaste?

– Eu não engano mulheres, elas é que me enganam. - sorriu descaradamente - E não estou a fugir de nada, já te disse.

– Claro, claro. Já disse que não! Agora sai, tenho que trabalhar.

– Yohan!

– Lucas, sabes que não gosto desse tipo de viagens. A única coisa que quero é paz. E a única coisa que me traz paz é trabalho. Então, não insistas.

– Okay, entendo. Mas pensa no assunto. Se mudares de ideia, além de praia e mulheres, podemos ir para um lugar com neve e mulheres.

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