7. Mar

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Minha ignorância perante a vista do mar
e meu desconhecimento do ato de nadar
são totalmente incapazes de me impedir
de pular nas ondas que quebram em ti.
Eu aceitaria a possibilidade de que me afogaria
e mesmo estando coberta de receios pularia
nas chamativas e reflexivas águas componentes do seu cabelo
que sequer é azul, mas aparenta ser um mar exageradamente singelo
formador de diversas ondas
inacreditavelmente brandas,
as quais me chamam como se existisse uma sereia cantando
melodias inteligíveis na tentativa de me prender em um encanto.
Mas eu jamais cairia nos meros encantos
de um ser hipnótico que faz uso do canto,
em uma temida ladra pirata eu me tornaria
e sem remorso a coragem do mundo roubaria
para em suas profundezas mergulhar
e suas zonas abissais poder desbravar.
Enquanto cientificamente não se foi descoberto tudo sobre o mar,
romanticamente, cada parte de ti eu tentaria conhecer para detalhar
e não me importaria caso no processo eu viesse a naufragar,
pois faleceria feliz por em ti ter tido a chance de nadar.

— As ondas são o tesouro.

O que o adubo faz com as plantasOnde histórias criam vida. Descubra agora