Eu e o Carl estávamos dormindo na van, mas alguns gritos acabaram me acordando.
Eu me sentei meio desorientada, olhei pela janela e vi a Fiona correndo e atrás dela uma mulher com um bebê no canguru e com o taco de matar na mão.— O que 'tá acontecendo?– O Carl me perguntou.
— Acho que a Fiona fez alguma coisa ruim. Ela 'tá correndo de uma mulher– Respondi.
— Legal– O Carl disse.
— A gente não deveria tentar ajudar?– perguntei.
— Não– O Carl respondeu e se virou pro outro lado.
Eu dei de ombros e me deitei novamente.
— Para de roubar a coberta– Eu falei e puxei.
— Eu só 'tô com um pouco– O Carl diz.
— Abre o olho idiota– Falei.
O Carl abriu o olho e eu apontei pra coberta que ele 'tava todo enrolado e só tinha um pouco pra mim.
O Carl desenrolou a coberta do corpo dele, chegou perto de mim, nos cobriu e depois me abraçou.Naquele momento eu fiquei sem reação, de novo essa droga de amor me fez ficar paralisada, com o coração acelerado. E pra piorar hoje o Carl 'tava cheiro, coisa que ele não costuma está por conta da falta dos banhos de verdade.
Eu respirei fundo, tentei controlar aqueles sentimentos malucos e comecei a tentar dormir.*Quebra de Tempo*
Um tempo depois a gente acordou e foi encontrar o Hank que é amigo do Carl e um menino que eu sonho enfiar a cabeça dele dentro da parede.
O Hank levou a gente até a casa de um "cliente" dele. Ele 'tá cuidando da casa de um cara que 'ta viajando.
— O cara deve viajar muito– O Carl diz pela quantidade de mine whiskey enquanto pegava eles.
— Não, ele é anão, isso faz ele se sentir normal– O Hank falou.
Eu e o Carl começamos a rir.
Então o Hank me olhou e levou uma garrafinha de Whiskey ate mim.
— Aqui, gatinha– O Hank disse.
Eu odeio como ele me chama de gatinha.
— Valeu, Hank– Falei.
Quando eu ia pegar o Hank afastou a garrafa de mim.
— Um beijo e eu te dou– O Hank diz.
— Não!– O Carl gritou.
Eu e o Hank olhamos um pouco confusos pro Carl.
— Você não vai beijar ele– O Carl disse e me entregou um garrafinha de Whiskey.
— 'Tá bom...– Falei um pouco assustado.
— Qual foi? Por acaso ela é sua namorada?– O Hank perguntou.
O Carl me olhou de uma forma estranha de cima a baixo e antes que ele pudesse falar alguma coisa o telefone do Hank tocou.
— Associação de caseiros– O Hank falou.
O Carl puxou a minha mão e a gente se sentou no sofá e a gente abriu as garrafinhas de whiskey.
— O que foi isso?– Perguntei pro Carl.
— ...Nada– O Carl disse meio sem jeito.
Eu dei de ombros e coloquei as minhas pernas em cima do Carl.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Shameless| Carl Gallagher
ChickLitA vizinha da família mais agitada do zona sul de Chicago, Ayla Clarice Morgan Ross, vai viver as experiências mais diversas que se pode imagina e experimentará as muitas faces do amor, com a família Gallagher.