Shameless| Carl Gallagher

38

  Estava eu, o Carl e o Frank sentados em um pedaço de sofá todo fudido observando o trailer da filha do Frank.

— Aí! Puta que pariu– O Frank disse com dor enquanto se inclinava pra frente com a mão na região da barriga.

— 'Tá tudo bem pai?– O Carl perguntou.

— É, forte como um cavalo. Só que o oxicodona acabou– O Frank respondeu.

— Posso fazer alguma coisa?– O Carl perguntou.

— Consegue mais?– O Frank perguntou.

  Então uma mulher saiu com uma criança.

— Aquela é ela?– Perguntei.

—Aquela é a minha filha? Uau. Até que é bonita– O Frank falou e enquanto isso a filha dele 'tava gospindo alguma comida no chão.

— Parece você só que em forma de puta– O Carl disse.

— Obrigado, filho– O Frank falou.

— Quer dizer que eu sou tio?– O Carl perguntou.

— É, isso mesmo– O Frank respondeu.

— E agora?– Perguntei.

— Bom, eu mostro pra ela um pouco da mágica dos Gallaghers– O Frank respondeu— Algum de vocês tem grana?

— A Sheila me deu 40 pra comida– O Carl diz.

— Bom me dá aí, eu preciso de comida– O Frank falou.

  O Carl ficou encarando o Frank.

— Eu não consigo andar. Eu acho que a medicação é mais importante– O Frank disse.

O Carl deu o dinheiro pra ele.

— E seus filhos vão comer o quê?– Perguntei

— Vocês são espertos, certeza que vão pensar em alguma coisa– O Frank respondeu— Tudo bem, aqui.

  O Frank deu um pouco de dinheiro pro Carl.

— Acho que isso vai da pra compra pão e papel higiênico– O Frank diz— Vaza, compra drogas pesadas, deixa seu pai orgulhoso.

*Quebra de Tempo*

— Esse aqui parece com o Kev. Esse parece comigo. E esse aqui parece com o primo Troy ou o Marvin Gaye– A V falou mostrando a ultrassom dos trigêmeos dela

— Imagina isso tudo saindo de vocês. O parto da Karen já foi traumatizante pra mim. Se uma cabeça sai daquele jeito imagina 3– Falei.

— É, eu só vim pelos analgésicos– O Carl diz.

  O Carl ia levantar mas a V o puxou fazendo ele sentar.

— Se 'tá achando que eu vou te dar meus remédios top de linha que eu consegui com toda dificuldade, de graça pode ir tirando o seu cavalinho da chuva– A V disse e se levabtou— Nada de graça, nem pra você, nem pra ninguém.

— Vai me cobrar por remédios agora– O Carl perguntou.

— Sim, meu bem. Estamos em modo de sobrevivência– A V respondeu.

— O que aconteceu com a enfermeira do geto?– Perguntei.

— Ela virou capitalista– A V respondeu.

— Eu podia vender pra você, tem bastante mercado pro-oxy na escola– O Carl disse.

— Não, vamo embora. Eu preciso me arrumar e ir pro bar– A V falou.