13 - Aquele com o quadro de ursos.

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🎨 | Boa leitura!

Eu não vi o momento em que o sapato veio na minha direção, só senti o vento quando ele passou rente à minha orelha e atingiu um vaso da decoração da sala, que se espatifou no chão em vários cacos

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Eu não vi o momento em que o sapato veio na minha direção, só senti o vento quando ele passou rente à minha orelha e atingiu um vaso da decoração da sala, que se espatifou no chão em vários cacos. Tudo isso se seguiu por uma palavra cheia de indignação.

— Sífilis!? — a palavra vem acompanhada de um típico rosnado.

E agora eu estou abaixado atrás do sofá tentando não ser acertado pelo outro sapato dela.

— Você podia ter me machucado! — reclamo.

— Era exatamente a intenção! — ela joga o outro sapato na parede. — Seja homem, saia daí e me encare!

Começo a levantar devagar para me certificar de que ela não está segurando nada que possa usar como arma. Vejo suas mãos vazias e então fico de pé e dou a volta no sofá, ficando de frente para uma Lili descalça, com o rímel borrado e uma carranca mortal.

— Como foi o encontro? — abro um sorrisinho irônico.

— Você disse a ele que eu tinha sífilis! — bate o pé no chão totalmente transtornada. Também percebo que sua voz está vacilante, algumas sílabas sendo ditas com mais dificuldade. — Fiquei vinte minutos ouvindo um discurso motivacional sobre como eu deveria ter coragem e abraçar o meu problema.

Solto uma risada totalmente desacreditado disso. Foi a última coisa que achei que ele fosse fazer. Eu tinha certeza que ele iria ser um babaca e tentar fugir dela antes que ela explicasse que não é verdade.

— Ele achou que eu estava em negação quando eu apenas estava dizendo a verdade! E essa nem foi a pior parte! — aponta o dedo indicador para mim. — Eu expliquei a nossa dinâmica de estragar a vida um do outro e ele ficou muito mais horrorizado com isso do que com a minha suposta IST!

— Lili, se não abaixar o dedo agora, vou considerar isso como uma ameaça de morte. — uso um tom calmo para falar. — Não que você já não tenha a sua cota de ameaças contra a minha vida. — aponto para os cacos no chão do que antes era um vaso. — Temos uma prova de uma delas bem aqui.

— Eu estava disposta a transar hoje. — e então ela começa a desabotoar os botões da frente do seu vestido. — Mas o Nicolas ainda ficou com uma pontada de dúvida e quase não me beijou quando me deixou aqui. Parecia que ele estava prestes a beijar a boca de um pitbull! — abre os três primeiros botões, revelando o sutiã branco de renda, tão transparente que eu pude ver as auréolas rosadas dos seus mamilos.

— Puta merda... — resmungo agora estático, olhando para os seios dela.

— Acho que eu vou ter que mostrar os meus exames pra que ele relaxe. Os meus exames de verdade, não os que você inventou! — empurra o meu peito de leve e depois continua a abrir os botões.

Por um milagre divino, consigo puxar um pouco de autocontrole para a parte mais básica do meu cérebro e seguro os pulsos dela quando os botões estão quase chegando ao umbigo.

Room Haters ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora