43 - Aquele no primeiro encontro.

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🎨 | Boa leitura!

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Ela está linda. Inteiramente linda. E está ainda mais com esse sorriso brilhante desabrochando naturalmente em seus lábios. Suas bochechas estão coradas pelo pouco álcool do vinho que bebemos, mas também porque ela parece cheia de um calor que vem de dentro dela. Ela ri das minhas piadas, me faz rir com as suas, me fala pela vigésima vez como eu fico lindo de terno e cora totalmente quando eu digo que ela está linda em seu vestido preto. E quando ela ergue a mão para levar uma mecha de cabelo para trás da orelha, meu cérebro faz essa cena ficar em câmera lenta. Nunca fui tão feliz quanto nesta noite.

— Qual a melhor tela que você já pintou? — pergunto em meio a uma roda de perguntas que estamos fazendo um para o outro.

— Seria como ter que escolher entre os meus filhos. Não dá pra fazer isso.

— Até as mães têm um filho favorito. Vamos, eu não vou revelar o seu segredo pra ninguém. — deslizo minha mão até a dela e acaricio os seus dedos.

— Certo... — desvia o olhar enquanto pensa. — Acredito que o quadro de ursos que representa a minha mãe com os filhos. Coloquei ursos diferentes na pintura porque somos adotados. Na época, me achei um gênio. — ri. — Se contar a alguém, vou ter que te matar. — sussurra a última frase. — E você, por que escolheu a sua profissão?

— Eu tenho mais facilidade em exatas e queria ganhar muito dinheiro, então uni o útil ao agradável. — dou de ombros.

— Muito dinheiro, uh? A gente devia rever a divisão do aluguel. — estreita o olhar para mim.

— Nem vem, eu vi o valor dos seus quadros na galeria. — imito sua expressão.

— De olho na minha renda, ranzinza? — brinca.

— Claro. Tenho que saber se uma comunhão de bens vale a pena.

Ela ri mais uma vez e eu sorrio apreciando o meu som favorito no mundo.

— Eu aprendi muito cedo que homens engraçados são perigosos, no entanto, aqui estou eu. — indica a mesa do jantar com as mãos. — Onde fui me meter?

— No melhor negócio da sua vida, minha querida. — ergo minha taça de vinho antes de dar um gole.

O jantar continuou sendo muito agradável. Decidimos que não tem problema já estarmos morando juntos antes de iniciarmos um relacionamento. Nós aprendemos a fazer isso e gostamos de estar juntos. Nos conhecemos o bastante para saber que vai dar certo. Podemos ter pulado umas fases quando se diz respeito a relacionamentos, mas isso só nos faz ser melhores nisso do que a maioria das pessoas.

Depois do jantar, fomos dar uma volta pelo Hermann Park, onde tem um lago cheio de patos que a Lili disse que adora. Nos sentamos em um banco de frente para o lago enquanto comemos saquinhos de pipoca que compramos pela região. Estou vendo ela jogar pipocas para cima e tentar capturar com a boca e falhando todas as vezes.

Room Haters ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora