Mortalidade Imortal

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No vazio da minha mente,
Incandescente ecoa, persistente,
Ferozmente grita em silêncio profundo,
Clamando viver com fervor, fecundo.

Imortalidade não almejo,
Agonia eterna, um desejo que rejeito,
Busco, sim, vivenciar o efêmero e o intenso,
Desvendar mistérios, viver com senso.

Tem sentido? Talvez não, e está bem.
A vida é um enigma, e eis o refrão:
Como lidar com tanta intensidade?
Vozear de vivacidade é a realidade.

A alma, inquieta, busca a essência,
Perambula em anseio, em experiência.
Mistérios aguardam o seu desenlace,
A magia do tempo, um eterno abraço.

Morte, velha amiga, há muito conheço,
Suplico por tua função, confesso.
Mas negação cede à aceitação,
Aos prazeres de estar viva, então.

Aprendi que nomes não são essenciais,
Nas canções da vida, tocam acordes reais.
Desperte a magia, deixe-a brotar,
Nas notas do existir, deixe-se levar.

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