𝐖𝐡𝐢𝐬𝐩𝐞𝐫𝐬 𝐈𝐧 𝐓𝐡𝐞 𝐃𝐚𝐫𝐤 | 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦.

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(Taylor's version)

Os dias de verão escorreram como areia fina por entre nossos dedos, e logo nos vimos retornando para Hogwarts. E eu, estava determinada em deixar todo o drama envolvendo Draco Malfoy para trás.

Harry continuava sendo assombrado por pesadelos e visões de Voldemort. Eu gostaria de poder fazer algo para ajudar, mas isso estava fora de meu alcance. Às vezes, eu desejava ter as visões, a cicatriz e a glória do "garoto que sobreviveu". Me sentia uma fraude sendo sua irmã gêmea, sem relevância, quase inexistente. Eu sabia que era egoísmo, e odiava sentir essas coisas sabendo que eles estava sofrendo.

Após os eventos do Torneio Tribruxo, Harry viu sua reputação ser difamada pelo Profeta Diário e pelo Ministério, que insistiam em negar o retorno de Voldemort, retratando-o como um completo maluco.

E as coisas continuavam piorando. Fomos a casa dos Dursley pouco antes do fim do verão, para pegar o resto das coisas de Harry. Me senti ainda mais uma espectadora, por saber que aquela poderia ter sido minha vida. Harry me mostrou onde ele costumava dormir, um armário embaixo da escada, e abraçá-lo naquele momento foi a única resposta que eu pude oferecer.

Quando estávamos indo embora, fomos atacados por dementadores e o moreno conjurou seu patrono para nos proteger, o que o fez ser acusado de usar magia indevidamente sendo menor de idade. Aquele ataque me transportou diretamente de volta ao terceiro ano, me fazendo perceber o que poderia ter acontecido se Harry não estivesse presente.

Na audiência do Ministério, Fudge continuava desacreditado, e claramente predisposto contra Harry. Eu, sendo a única testemunha, não fui levada a sério por ser uma "garota adolescente amiga de Potter". Felizmente, Dumbledore chegou a tempo para defendê-lo e Sra. Figg testemunhou a seu favor, o que fez Harry, mesmo com o ministro relutante, ser declarado inocente das acusações.

O primeiro dia do quinto ano chegou, e lá estávamos nós. Harry havia seguido meu conselho e cortado o cabelo, e os garotos Weasley fizeram o mesmo. Reencontrei Hermione, e compartilhamos tudo que ocorreu nas férias. Ela então, em meio à nossa conversa, me perguntou o que eu e George éramos agora, e eu não soube responder. Aquilo foi apenas um romance de verão? Eu tinha– tenho sentimentos por ele. Ele é uma pessoa incrível, mas havia algo que me impedia de focar completamente nele.

No banquete de jantar, fomos apresentados à nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, Dolores Umbridge. Uma figura do Ministério que Harry e eu reconhecemos da audiência. Ela estava vestida completamente de rosa e era estupidamente irritante, fazendo com que os alunos carinhosamente a apelidassem de "Vaca rosa" e "Cara de sapo". O único entusiasta da nova professora era Filch, o que por si só, dizia muito.

Ao mesmo tempo, Ron e eu fomos escolhidos pela Professora McGonagall para sermos os novos monitores da Grifinória neste ano. O que nos deixou animados, mesmo com as responsabilidades que vinham junto com o título. Mas a alegria não foi compartilhada por todos. Hermione, que estava ansiosa para ocupar o cargo, pareceu desapontada por não ter sido a escolhida. Minha oferta de abrir mão em favor dela foi recusada, enquanto ela afirmava que estava tudo bem, mas eu sabia que ela não estava dizendo a verdade.

Com o passar dos dias, foi ficando cada vez mais claro que a presença de Dolores era uma mensagem de que o Ministério estava intervindo em Hogwarts. Suas aulas eram tediosas e puramente teóricas, o que não nos ensinava nada. Muito menos como nos defender. Após uma discussão em sala com a nova professora, Harry ficou de detenção por dizer que o Lord das trevas havia retornado.

Quando Harry voltou ao dormitório tarde da noite, perguntamos a ele qual foi o castigo de Umbrige e ele mostrou a mim, Ron e Hermione a frase que estava cravada em sua mão, "não devo contar mentiras".

— Você tem que prestar queixa, ela não pode fazer isso! — Disse Hermione, com raiva.

— É basicamente tortura! Você precisa contar pro Dumbledore, Harry. — Ron concordou.

— Não, não posso.

— Sim, você pode é simples!- — Antes que ela continuasse, Harry a interrompeu.

— Seja lá como for, não é simples, Hermione... E de qualquer jeito, não quero dar esse gostinho a ela. — Ele respondeu.

De repente, Sirius apareceu nas brasas da lareira, dizendo que Fudge está paranoico sobre um suposto exército de alunos liderados por Dumbledore, para derrubar o ministério. O que fez as aulas patéticas de Umbridge fazerem ainda mais sentido. Ficamos mais alguns minutos ali em frente a lareira, pensando em alguma maneira de dar o troco em Umbrige mas não conseguimos pensar em nada que não piorasse a situação, então fomos dormir.