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Respostas

Estávamos de volta a Hogwarts. Aquelas duas semanas passaram rápido, mas conseguimos aproveitá-las ao máximo. Sirius e Remus são os tios legais que qualquer pessoa gostaria de ter. Achei que as coisas mudariam quando descobri que Harry é meu irmão, mas apenas ficamos mais próximos. Rimos, discutimos, conversamos e discutimos mais um pouco. Acho que estamos no caminho certo.

Fiz mil perguntas sobre meus pais, vi fotos e aprendi o máximo que pude sobre eles. Sirius sempre dizia como eu era parecida com minha mãe e como tenho os olhos do meu pai. Não tive tempo para conhecê-los verdadeiramente, mas posso sentir como me amaram.

Mesmo sendo gêmea de Harry, tínhamos muitas diferenças, não apenas físicas. No entanto, quanto mais tempo passávamos juntos, mais eu percebia as similaridades entre nós.

Tentei não pensar em nada relacionado à escola durante as férias, e até funcionou; o livro que Remus me deu ajudou na maior parte do tempo. Agora que estamos aqui, não poderei mais evitar.

Durante o café da manhã, no salão principal, me sentei como sempre: Na mesa da Grifinória, junto de Hermione, Harry e Ron. Sentindo alguma curiosidade, olhei rápida e discretamente para a mesa da sonserina. Ele não estava lá. Ótimo. Não sabia se eu deveria me sentir aliviada ou apreensiva por estar pensando tanto nisso. Não estou apaixonada por ele simplesmente porque dançamos em um baile. Não gosto dele. Se sinto alguma coisa por ele é raiva. Só estou pensando nisso porque quero saber se agora posso tolera-lo.

Antes de parar de olhar para a mesa da casa esmeralda, vejo que uma garota de cabelos curtos, lisos e pretos e pele pálida estava me olhando como se eu fosse sua presa. Tenho certeza que se eu pudesse ler sua mente, não iria ver exatamente elogios relacionados a mim. Pansy Parkinson era o seu nome.

Não conseguindo imaginar o que possivelmente eu posso ter feito a ela, deixo isso de lado e volto a olhar para frente.

— Aurora? Você ouviu alguma coisa eu falei?

— Desculpa, Hermione. Eu só me distrai.

— A falta de atenção deve ser genética. — Ela resmungou, intercalando o olhar entre mim e Harry. — Bom, vou repetir. Eu estava perguntando sobre como você estava com o Draco Malfoy no baile de inverno e não me falou nada sobre isso. Fiquei sabendo pelo Ron!

— Eu esqueci de contar! E além disso, não foi nada demais.

— Aham, claro. Mas por que ele, dentre todas as pessoas?!

— O meu par era um idiota e o Malfoy só decidiu ser alguém decente pra variar. Não é como se estivéssemos namorando, ok? Podemos esquecer que isso aconteceu agora?

— Claro... Se quer assim...

Tirando alguns cochichos sobre mim pelos corredores, o dia foi extremamente comum e monótono. Passei todas as trocas de aula tentando encontrar um momento para falar com Malfoy, mas ele sempre estava acompanhado de seus seguidores. Na última aula do dia, percebi que não teria a chance de encontrá-lo sozinho, então o abordei mesmo com seus amigos por perto.

— Posso falar com você? — Disse, questionando internamente por que estava fazendo isso.

— À vontade. — Ele respondeu, dando uma mordida em uma maçã verde, totalmente indiferente.

— A sós. — Os amigos dele começaram a rir e fazer sons que preferi ignorar, para poupar minha paciência.

— Hm... não.

— Você vai continuar agindo assim?

— Assim como?

— Como se... Esquece. — Fui até a minha mesa e coloquei meus livros na bolsa. — Nem sei por que fiz isso. — Resmunguei.

— Continua, Hastings. — Ele pediu, quase como um desafio.

— Como se nada tivesse acontecido. Eu achei que-

— O que? Que somos amiguinhos agora? Eu só estava sendo legal. Não achei que você ia ficar igual a um patinho atrás de mim. — Os amigos dele o incentivaram, rindo.

— ...Você está falando sério?

— Parece que eu estou brincando? Você realmente achou que alguém como eu e alguém como você-... Não me faça rir.

Aquelas cinco palavras. As mesmas que ele disse para mim naquela noite. Pensei em muitas respostas, mas nenhuma fazia jus ao que estava sentindo naquele momento. E todas poderiam me fazer ser expulsa. Não me importei com minha vaga em Hogwarts naquele momento; tudo que senti foi ódio. Pude sentir meu sangue fervendo, minha garganta seca e meu pulso se fechando. Quando pisquei, minha mão já havia atingido o rosto de Draco, acertando seu nariz que agora sangrava. Sendo dramático como é, ele começou a gritar.

— Você me paga! Espere até meu pai saber sobre isso, você vai ser expulsa!

Coloquei minha bolsa no ombro e saí sem dizer uma palavra. Quando a adrenalina passou, minha mão começou a doer. O sangue de Draco ainda estava nela. Eu não tinha mais dúvida: eu realmente odeio Draco Malfoy.

𝐖𝐡𝐢𝐬𝐩𝐞𝐫𝐬 𝐈𝐧 𝐓𝐡𝐞 𝐃𝐚𝐫𝐤 | 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦.Where stories live. Discover now