O templo

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[...]

Ava e Sophia seguiam a Professora Wildwood em uma animada conversa. Rory cochilava nas costas de Storm e Layla lia um livro. Enquanto isso, Isabel e Valentina mais uma vez debatiam quem havia vencido a corrida passada, mesmo sabendo que Layla era a verdadeira ganhadora.

— Pela última vez... Eu cheguei primeiro! A cabeça do River passou a linha, então ganhei. — Isabel bufou, revirando os olhos.

— Isso não vale! — Val protestou.

— Vocês sabem que a Layla ganhou, não é? — Ava interveio, virando-se para elas. Sophia suspirou e ignorou a discussão, preferindo não se envolver, já que era típico da dupla discutir daquela forma. Isabel deu um empurrãozinho em River para acelerar, deixando Valentina para trás.

— Ok, safiras... Chegamos! — Anunciou a Ms. Wildwood, parando em frente aos alunos e mostrando-lhes o primeiro dos inúmeros templos espalhados pela ilha. — O que vocês querem fazer primeiro? Montar acampamento ou explorar o interior do templo?

— O templo! — Os alunos disseram em uníssono.

— Ótimo! Deixem as coisas aqui e vamos entrar. Mas lembrem-se, não toquem em nada e fiquem juntos. — Concordaram e dirigiram-se ao templo, entrando e maravilhando-se com as esculturas de unicórnios.

— Olha, Soph. É igualzinho aquelas estátuas que vimos antes. — Ava apontou para o unicórnio de pedra, empolgada. — Oh, olha Leaf, é um unicórnio da natureza!

— Que legal, Ava. — Respondeu Sophia, sorrindo para ela. Continuaram a caminhada tranquilamente até chegarem a uma grande sala com vários caminhos diferentes.

— Muito bem, pessoal. Este templo é conhecido por ser um labirinto muito confuso, muitos já se perderam aqui e nunca mais voltaram. — A Ms. Wildwood explicou com um tom sombrio no final. — Por sorte, temos o mapa mágico. Sem ele, estaríamos com problemas, com certeza. Sigam-me! — disse, abrindo caminho e seguida pelos alunos. Rory chamou Layla, deixando Isabel e Valentina para trás novamente.

— Olha... as meninas estão certas. Estamos agindo como crianças. Layla ganhou e não importa quem veio em seguida. — afirmou. Valentina revirou os olhos, ignorando-a. — Ah, qual é...! Eu estou tentando... — disse Isabel.

— Tentando o quê? Não te pedi nada. — retrucou Valentina, franzindo a testa.

— Desculpas! Estou tentando pedir desculpas! Eu comecei a discussão. Estava estressada naquele dia, então, sinto muito. — explicou ela, com o olhar baixo. Valentina soltou um suspiro ao se aproximar de Isabel e River.

— Tudo bem, aceito suas desculpas. — disse e Isabel sorriu, puxando as rédeas e parando de repente.

— Para onde foi todo mundo? — questionou, surpreendida ao olhar para a frente. As duas trocaram olhares antes dos unicórnios avançarem, da dando voltas no salão com várias entradas.

— Cadê todo mundo? — Perguntou ela, com preocupação, olhando ao redor. Inúmeras entradas e nenhum sinal dos outros.

— Professora Wildwood! Pessoal! — Isabel desceu de River, gritando, na esperança de que eles surgissem de algum lugar.

— Grita mais alto! — Valentina também desceu de Cinder, aproximando-se dela.

— Por que você também não grita? A Professora disse que este templo é um labirinto e eu não quero ficar presa aqui! — exclamou, indo para o outro lado com River, gritando em frente a uma entrada. — Galera, isso não tem graça!

— Pessoal! Ms. Wildwood! — Valentina exclamou diante de uma entrada, ouvindo apenas o eco. — Droga... Isabel, você... — Ela se virou para a loira, porém não a encontrou. — Isabel...? Cinder! — Gritou, buscando por eles. Ouviu um ruído vindo de uma das entradas, decidiu arriscar e entrou, seguindo o corredor.

À medida que avançava, o corredor parecia interminável. Começou a sentir tontura e sua visão ficou embaçada. Suas pernas fraquejaram, ela balançou a cabeça, ofegante, tentando continuar, mas ao dar mais um passo, foi envolvida por uma escuridão e perdeu os sentidos.

Roses and thornsOnde histórias criam vida. Descubra agora